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A mostrar mensagens de junho, 2013

Não tenho futuro

"Os jovens não têm futuro." Frase que ouvi ontem, que vou ouvir amanhã, que vou ouvir depois de manhã, que ouvi anteontem e que só falta a frase ser tatuada no braço de alguém, que seja a frase preferida pelos portugueses e eleita como a mais dita pela sociedade e que passe no rodapé da CNN 24 horas por dia. Eu entendo o que se passa para que pensem isto porque acompanho a actualidade mas até quando este negativismo? 

Identificarem os livros

Em todas as turmas que pertenci até hoje sempre houve uma coisa me irritou: não identificarem os livros. Ao longo do ano, há sempre aqueles marmanjos que perdem livros, que encontram livros perdidos, que levam para casa por engano, que trocam livros e depois já nem sabem de quem são... Ficam semanas e até meses sem livros porque não estando identificado nunca se sabe de quem é. É assim tão difícil escrever o nome da pessoa a quem pertence ao livro ou o número e turma? A primeira coisa que faço quando recebo os livros escolares é, com muita dificuldade, tendo em conta que passo praticamente o Verão sem tocar numa caneta, identificá-los com o meu nome como se isso se tratasse de uma tatuagem da minha cara metade. E todos sabemos que é ridículo tatuar o nome da cara metade mas não há nada como identificar livros, eles precisam de uma identidade para se sentirem alguém na vida. Se calhar com mais identidade que eu.

Estar perto dos 18 anos

Houve uma altura em que queria ter 18 anos. Um período curto de tempo apenas porque nunca foi uma ambição muito grande chegar a esta idade. Para fazer tudo o que não podia fazer aos 13 anos quando comecei este blog. Deitar-me tarde, fazer o que queria com os meus amigos nas tardes livres, sair à noite, tirar a carta de condução, acabar o secundário e ir viver para Lisboa, entre outras coisas. Mas tudo isso não passava e passa de uma ilusão. Porque independentemente da idade que tenhamos nada é como nós queremos. Sinto que estou a mudar mas não me sinto adulto. Não me consigo sentir adulto nem me consigo imaginar adulto. Tal como os meus amigos não conseguem imaginar-me adulto nem eles próprios se conseguem imaginar adultos. Mas vamos todos morrer cedo? Se o 21 de Dezembro de 2012 não tivesse passado até poderia dizer que íamos nesse dia desta para melhor.  Tenho mentalidade de um miúdo de 15 anos às vezes, aliás, maior parte das vezes. Se me perguntarem a idade dá-me vontade de diz

O que devia escrever

Não sei o que escrever. Mas tenho tanto para escrever, tanta coisa para exprimir, notícias para dar, falar do que me põe contente, do que me põe menos contente. Queria falar da adolescência como falava antigamente, falar do medo do futuro ou então das memórias de infância que quero que volte. Quero falar da fobia de ser adulto ou da vontade de voltar aos 14 anos. Queria, no fundo, escrever como sempre escrevi. Não é a primeira vez que sinto que aqui não posso escrever o que bem me apetece como me apetece. Aliás, era demasiado bom eu escrever aqui os meus verdadeiros desabafos. Se eu desabafasse o que sinto em relação às pessoas que conheço, o que sinto em relação ao mundo, se eu desabafasse os meus problemas apenas estaria a alimentar a cusquice e a curiosidade de pessoas que por aqui andam apenas para isso. Tenho saudades de ser uma pessoa completamente desinteressante. Acho que desde que comecei o secundário fiquei diferente. Em alguns aspectos uma melhor pessoa, noutros aspectos

Vivo

Estou vivo. Achei que deviam saber.

As roupas

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       O facto de eu estar a crescer obriga-me a ter que renovar o armário da roupa. É a primeira tarde da minha vida que me dedico a este ritual que a minha mãe sempre fez ao longo dos anos.  Tenho aqui muita roupa que sei que nunca vou usar, umas que acho que não me ficam bem, outras que nem me servem e acho está na altura de doá-la a quem mais precisa. Uns estão agora no Banco Alimentar e eu aqui estou, a empacotar roupa que nunca me fará falta.