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Devaneios de um Adolescente está de volta!

Em 2009, com 13 anos, iniciava a minha vida blogosférica com o blog que durante muito tempo foi amplamente conhecido como Devaneios de um Adolescente. Estou de volta. Juro que já não sou um adolescente - incrivelmente, estamos em 2021 e já tenho 25 anos -, mas sinto-me bem o suficiente para tornar este blog novamente público, e poder escrever aqui o que bem me apetecer.  Já tentei mudar de nome, mas devaneios de um adolescente será sempre devaneios de um adolescente. Escrevi durante vários anos neste blog sobre a minha adolescência, anos muito complicados a nível de gestão emocional, essencialmente, na construção da minha personalidade, no auto-conhecimento que sempre foi pouco para entrar num processo de desenvolvimento pessoal. Mas sinto-me feliz, e bem, como nunca me senti na vida, então só posso estar feliz por estar aqui novamente a escrever para vocês. Às vezes questiono: onde estarão as centenas de leitores que me liam há dez anos/doze anos atrás, quando os blogs estavam "n

Junho e as suas marcas

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Junho tem estado a correr bem para mim e continuar esta frase a falar de mim próprio revela egoísmo se começar por adjectivar Junho como um mês bom. Entrei de férias, até agora tenho andado por casa, a ler umas coisas e a escrever outras, a dormir o que não dormi nos últimos meses e a aproveitar o que as férias de verão nos obrigam a aproveitar. Mas Junho não tem sido muito bom para algumas pessoas.  Acompanhei as duas situações em directo. Por um lado, tentei ignorar o festejo da senhora que fazia Vítor Gaspar falar muito devagar devido à tradução simultânea que o próprio tinha de fazer ao que a Merkel lhe comunicava ao ouvido.  Na foto da Merkel, como podeis observar, o ministro Marques Guedes está a coçar a cabeça, com um cachecol da seleção à volta da pescoço, possivelmente a rezar para que Merkel pudesse ter uma reação vagal ao invés de andar para ali a festejar a mesma coisa de sempre: quando vê que Portugal está na merda. Falando em reações vagais, no feriado 10

Hangover

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Dia triste

Acordei com a notícia que a empresa Controlinveste estaria a despedir cerca de 160 pessoas. 160 pessoas corresponde a muitas famílias, não esqueçamos isso. Diz o Expresso: "DN" é o mais afetado pelos despedimentos na Controlinveste, "O Jogo" é o menos. Profissionais estão a ser chamados um a um durante hoje e amanhã. Dos 160 despedidos, 65 são jornalistas. Eu, no meu "inconseguimento" como diria a presidente da assembleia da república, sou um cidadão estudante e aqui permaneço, a prosseguir e a acreditar na minha ambição profissional que é o jornalismo, não podendo fazer nada para reverter a situação. Espero lutar para que a área jornalística realmente mude e lutar também para que consiga efectivamente o que quero. Dias como este deitam-me abaixo, como é óbvio, e fico, aos poucos, destroçado com este tipo de notícias, portanto não quero imaginar como estão os funcionários que acabaram de receber a notícia de despedimento.  Existem outros dias que tam

O interesse pela palhaçada

Cavaco desmaiou nas cerimónias de 10 de Junho com a justificação de uma reação vagal, causa mais comum nos desmaios. Rapidamente apareceram os comentários do costume, tentativas de piadas, o Nilton deve ter ficado todo feliz - houve apenas uma muito boa com sentido político, pois disse o Inimigo público "Momentos que Cavaco Silva esteve desmaiado foram dos mais activos do seu mandato". É curioso que as pessoas, nomeadamente o pessoal mais novo, só se importe com política quando existem este tipo de coisas, ou seja, quando existem os não-assuntos ou algo que não interessa minimamente para ninguém. Quando é para dizer mal de repente já todos têm conhecimento político, os insultos são fáceis e as opiniões são dadas como se fossem os mais sábios de sempre, como se acompanhassem minimamente o que se passa pelo país. Existem dois tipos de ignorância: a ignorância mais comum que se reflecte nas pessoas que têm falta de conhecimento mas que se tentam informar, ou que têm vontade

Professores e cenas

Estou oficialmente de férias. O que diferenciou este ano dos outros anos foi talvez a perspectiva que fiquei dos professores e da vida que eles levam. Leio notícias do descontentamento dos professores face aos problemas que têm profissionalmente, etc. Os alunos não ligam a nada disso. E eles também não "podem" falar desses problemas, aliás, é um assunto não comentado, aliás, os problemas dos stores é de facto um não-assunto. Por vezes, lá acontece ouvirmos com uns desabafos dos mesmos face à indignação que têm ao sistema de ensino,e mesmo ao ministério da educação. Tive professores razoáveis. Vagueava na minha mente muitas vezes como é a vida deles. Noto que tinha professores que aparentam ser calmos, contudo outros que parecem uns frustrados com tudo e todos mas que fazem de tudo para que não se note. Noto que uns vivem infelizes, inseguros e talvez nós não tenhamos nada a ver com isso. E não temos, mas nada impede que não pensemos como é que eles vivem a vida. Mas é u