Devaneios de um Adolescente está de volta!

Em 2009, com 13 anos, iniciava a minha vida blogosférica com o blog que durante muito tempo foi amplamente conhecido como Devaneios de um Adolescente.

Estou de volta. Juro que já não sou um adolescente - incrivelmente, estamos em 2021 e já tenho 25 anos -, mas sinto-me bem o suficiente para tornar este blog novamente público, e poder escrever aqui o que bem me apetecer. 

Já tentei mudar de nome, mas devaneios de um adolescente será sempre devaneios de um adolescente.

Escrevi durante vários anos neste blog sobre a minha adolescência, anos muito complicados a nível de gestão emocional, essencialmente, na construção da minha personalidade, no auto-conhecimento que sempre foi pouco para entrar num processo de desenvolvimento pessoal.

Mas sinto-me feliz, e bem, como nunca me senti na vida, então só posso estar feliz por estar aqui novamente a escrever para vocês.

Às vezes questiono: onde estarão as centenas de leitores que me liam há dez anos/doze anos atrás, quando os blogs estavam "na berra"?

Quem eram as pessoas que achavam piada a um "Puto" que escrevia umas coisas acima da sua idade?

Mudei tanto. Tanto, mas tanto. Para melhor, penso. Hoje sou uma pessoa completamente diferente.

Vivi muitos anos num profundo vazio, sem saber quem era e como devia reagir perante pessoas e situações, e muita gente usou a minha fragilidade para me fazer mal, para me atacar, para fazer bullying, entre tantas outras coisas. 

Sei que não tive o acompanhamento que deveria ter tido nestes anos de adolescência, porque sim, eu deveria ter tido acompanhamento psicológico em toda a minha adolescência, mas os meus pais que tomavam conta de mim, também não sabiam isso. Não faz sentido culpá-los, porque os meus pais sempre fizeram aquilo que podiam, e não me vou virar contra eles.

Sim, às vezes penso que as coisas tinham sido mais fáceis se tivesse sido mais protegido e mais acompanhado, mas penso igualmente que todas as coisas têm um motivo e uma razão. Cheguei à vida adulta e entrei numa profunda depressão, o culminar de muitos anos de apatia e sofrimento, mas estou a reerguer-me e a tornar-me uma melhor pessoa todos os dias.

É verdade que não sei quantos anos vou "cá estar", mas sei que a partir de agora vou aproveitar a vida AO MÁXIMO!



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