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A mostrar mensagens de 2014

Junho e as suas marcas

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Junho tem estado a correr bem para mim e continuar esta frase a falar de mim próprio revela egoísmo se começar por adjectivar Junho como um mês bom. Entrei de férias, até agora tenho andado por casa, a ler umas coisas e a escrever outras, a dormir o que não dormi nos últimos meses e a aproveitar o que as férias de verão nos obrigam a aproveitar. Mas Junho não tem sido muito bom para algumas pessoas.  Acompanhei as duas situações em directo. Por um lado, tentei ignorar o festejo da senhora que fazia Vítor Gaspar falar muito devagar devido à tradução simultânea que o próprio tinha de fazer ao que a Merkel lhe comunicava ao ouvido.  Na foto da Merkel, como podeis observar, o ministro Marques Guedes está a coçar a cabeça, com um cachecol da seleção à volta da pescoço, possivelmente a rezar para que Merkel pudesse ter uma reação vagal ao invés de andar para ali a festejar a mesma coisa de sempre: quando vê que Portugal está na merda. Falando em reações vagais, no feriado 10

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Dia triste

Acordei com a notícia que a empresa Controlinveste estaria a despedir cerca de 160 pessoas. 160 pessoas corresponde a muitas famílias, não esqueçamos isso. Diz o Expresso: "DN" é o mais afetado pelos despedimentos na Controlinveste, "O Jogo" é o menos. Profissionais estão a ser chamados um a um durante hoje e amanhã. Dos 160 despedidos, 65 são jornalistas. Eu, no meu "inconseguimento" como diria a presidente da assembleia da república, sou um cidadão estudante e aqui permaneço, a prosseguir e a acreditar na minha ambição profissional que é o jornalismo, não podendo fazer nada para reverter a situação. Espero lutar para que a área jornalística realmente mude e lutar também para que consiga efectivamente o que quero. Dias como este deitam-me abaixo, como é óbvio, e fico, aos poucos, destroçado com este tipo de notícias, portanto não quero imaginar como estão os funcionários que acabaram de receber a notícia de despedimento.  Existem outros dias que tam

O interesse pela palhaçada

Cavaco desmaiou nas cerimónias de 10 de Junho com a justificação de uma reação vagal, causa mais comum nos desmaios. Rapidamente apareceram os comentários do costume, tentativas de piadas, o Nilton deve ter ficado todo feliz - houve apenas uma muito boa com sentido político, pois disse o Inimigo público "Momentos que Cavaco Silva esteve desmaiado foram dos mais activos do seu mandato". É curioso que as pessoas, nomeadamente o pessoal mais novo, só se importe com política quando existem este tipo de coisas, ou seja, quando existem os não-assuntos ou algo que não interessa minimamente para ninguém. Quando é para dizer mal de repente já todos têm conhecimento político, os insultos são fáceis e as opiniões são dadas como se fossem os mais sábios de sempre, como se acompanhassem minimamente o que se passa pelo país. Existem dois tipos de ignorância: a ignorância mais comum que se reflecte nas pessoas que têm falta de conhecimento mas que se tentam informar, ou que têm vontade

Professores e cenas

Estou oficialmente de férias. O que diferenciou este ano dos outros anos foi talvez a perspectiva que fiquei dos professores e da vida que eles levam. Leio notícias do descontentamento dos professores face aos problemas que têm profissionalmente, etc. Os alunos não ligam a nada disso. E eles também não "podem" falar desses problemas, aliás, é um assunto não comentado, aliás, os problemas dos stores é de facto um não-assunto. Por vezes, lá acontece ouvirmos com uns desabafos dos mesmos face à indignação que têm ao sistema de ensino,e mesmo ao ministério da educação. Tive professores razoáveis. Vagueava na minha mente muitas vezes como é a vida deles. Noto que tinha professores que aparentam ser calmos, contudo outros que parecem uns frustrados com tudo e todos mas que fazem de tudo para que não se note. Noto que uns vivem infelizes, inseguros e talvez nós não tenhamos nada a ver com isso. E não temos, mas nada impede que não pensemos como é que eles vivem a vida. Mas é u

Conversas que valem a pena

Hoje almocei com um primo que já se licenciou em jornalismo, tirou o mestrado e que já está preparado para começar o doutoramento. Gabo-lhe e admiro a coragem de trabalho e dedicação. Eu, meio envergonhado ainda, estou pelo secundário numa espécie de ambição e desejo de me licenciar naquilo que mais quero fazer: jornalismo. Jornalismo exige rigor na escrita, na oralidade e na leitura. Falho em alguns aspectos mas tenciono aperfeiçoá-los com tempo e trabalho. Falámos essencialmente sobre o secundário e de política. Também um pouco sobre o percurso profissional dele que resultou das dicas e conselhos que eu não me deva esquecer futuramente como também deste blog e das entrevistas (que vão voltar!) que fiz há dois anos. Falámos do deslumbramento, por exemplo dos que seguem jornalismo com o intuito de se tornarem figuras públicas. Julgo que passei por essa fase. A blogosfera e as redes sociais facilmente geram isso. Sei que não vou entrar no ensino superior em jornalismo com o deslumb

Summer is coming... e o Corvo famoso

Última semana de aulas. Aliás, faltam 2 dias para acabar este ano lectivo que, no meu ponto de vista, foi o melhor que já tive, terminar. Turma muito bacana, os professores - deixando de comparações com os do ano passado -, até são bons - e as notas, apesar de razoáveis, podiam ser melhores, porque pode ser sempre melhor. Planos para o Verão? Quase nada. Sei que deve ser de extremos. Ou algo excelente ou algo muito mau, como tem vindo a ser nos últimos anos. Deixemo-nos de expectativas e de ilusões, o que acontecer acontecerá e o que for será. E o Mundial está a chegar e deixo-vos aqui um vídeo que foi realizado na "minha" Ilha do Corvo, com apoio da Coca Cola e do Pauleta numa espécie de apoio à seleção nacional. E agora temos a ilha mais pequena dos Açores numa espécie de fama. Está muito bom, vejam.

Tudo ao mesmo tempo

Anda a acontecer tudo ao mesmo tempo. Uma espécie de justificação para escrever pouco aqui reflecte-se na vida de um adolescente pré adulto, que está agitada. Temos a vida social, a vida escolar, a vida amorosa, a vida familiar e ainda outras coisas que tornam a nossa vida agitada com uma espécie de ansiedade apesar de não se saber porquê. O facto de andar a acontecer tudo ao mesmo tempo, de os dias passarem a correr, de andar a dormir à pressa e de tentar estar a par de tudo e todos e no fim sentir-me que não  estou a par de nada torna a minha vida como nunca foi: agitada. Sempre tive calma com tudo e com todos, sempre tive tempo para tudo e apreciava as minhas horas mortas de uma maneira inesquecível. A vida anda a correr-me bem,  sinto que 2014 está a ser o melhor ano. Vem aí o Verão que pode mudar a frase que acabei de escrever. As expectativas são boas mas todas as minhas expectativas nunca corresponderam bem à realidade portanto é melhor mesmo não sonhar demasiado. 

Um incentivozinho

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Amanhã é dia de eleições. E como o discurso de Cavaco Silva a apelar ao voto apareceu assim de surra visto que hoje não se falou em mais nada a não ser o jogo Real x Atlético, fica aqui um post de incentivo e apelo ao voto, com as melhores imagens desta campanha eleitoral que, apesar de fraquinha, acompanhei de forma atenta. António José Seguro e a bola laranja. Curioso. Rangel e Nuno Melo felizes da vida. Epá... Demasiado épico para ser verdade. António Costa em destaque. Strike a pose. Paulo Portas e o bacalhau. Assis. Nuno Melo triste. Nada a dizer. Rangel quando se lembra que já não é gordo. Jerónimo de Sousa a perguntar às criançinhas como é nascer depois do século XV, já que o próprio não viveu a cena. Marinho Pinto a curti-las. 

Duas coisas rápidas

Duas coisas rápidas: 1. Hoje os meus fones deixaram de funcionar. Ia na rua e entrei numa loja de chinês. Comprei uns à toa. 1€. Coloquei-os no telemóvel. Só funcionava um. O outro funcionava (mal). 2. Há uns dias lia-se a notícia que Alexandra Solnado - aquela que fala com os mortos - daria uma palestra no Parlamento. Engraçado, ao contrário dos capitães a Alexandra é sempre bem vinda. Sim, ela fala com mortos. Foi de certeza falar com Cavaco. Abraços.

O problema é das pessoas

Alguém que nos chateou, que nos irritou, que nos desiludiu, que nos causa simplesmente repulsa, que nos ofendeu, que nos criticou, que nos desprezou, que nos deixa mal. Ninguém se apercebe disto mas grande parte do que é derivado de sofrimento, tristeza, solidão, depressão advém de alguém. Da causa de uma pessoa humana que entra na nossa vida e pode mudar tudo.  Existe sempre alguém para nos provocar todas as emoções, nomeadamente estes sentimentos negativos.  É notável como alguém, ou várias pessoas, têm o poder de nos conseguir destruir e fazer-nos sentir mal como simultaneamente alguém nos consegue pôr bem e, ao mesmo tempo, existe aquelas pessoas nos fazem sentir grandes seres humanos e realizados com a vida. O impacto de alguém, aliás, de todas as pessoas que passam na nossa vida é tão grande e talvez isso seja uma fraqueza do ser humano. Todos deixam uma marca. Outros deixam demasiadas marcas. O tempo pode curar. Se não curar atenua. 

Diz o sábio Matthieu Ricard

"Quando se tem três mil amigos no Facebook não po­demos evidentemente ter qualquer ti­po de verdadeira conversa. Apenas nos conetamos para falar de nós próprios para um auditório garantido. As con­versas eletrónicas são lapidares, rápidas e por vezes brutais. As conversações humanas, face a face, têm uma natureza diferen­te: evoluem lentamente, têm muitas  nuances  e ensinam-nos a pa­ciência. Numa conversa somos chamados a ver as coisas de um outro ponto de vista, uma condição necessária à empatia e ao al­truísmo." Ler a entrevista na íntegra aqui:  http://www.noticiasmagazine.pt/2014/a-felicidade-egoista-esta-condenada-ao-fracasso/

Diz que é uma espécie de ajuda

Ao longo dos tempos não tenho acompanhado muito a blogosfera, mas tenho andado a pensar e acho que devia actualizar a lista de blogs que sigo (que estão na barra direita da página). Deixei de seguir alguns, ou porque já não me agradavam ou porque simplesmente deixaram de escrever mas quero mudar as leituras pela blogosfera e encontrar blogs que valham a pena serem lidos.  Então o que vos peço é que me sugiram alguns blogs que considerem que devam ser lidos. Até pode ser o vosso. Ou blog que gostem mesmo de ler e que acham que vale a pena.

A criatividade e a sabedoria

O meu stor de Filosofia dizia hoje que à medida que vamos tendo conhecimentos, ou seja, ao tornarmo-nos mais cultos mais criatividade temos. Porquê? O que nos dá conhecimento não nos devia tornar apenas cultos? Por que é algo já feito nos traz novas ideias? O que fazemos de criativo tem que ser baseado em algo que aprendemos anteriormente? O que faremos de criativo não será somente, então, algo inspirado ou baseado no que acabámos de aprender? Ou a imaginação é trabalhada sem qualquer influência? Questões que me fazem a pensar o relacionamento entre a sabedoria adquirida e a criatividade. Vemos novos músicos na atualidade. Muito famosos, boas letras, um estilo que inspira os jovens. Não serão esses músicos apenas um plágio dos grandes nomes que já passaram? A capacidade de re-inventar nem sempre acontece em todos os casos e por vezes vemos plágios sobrevalorizados pois agradam o público, público que é completamente diferente do que era há uns anos atrás. Recorro à música como mai

Maio

Interrompo um trabalho de casa de Filosofia - por sinal, um pouco manhoso -, para vos dizer que está sol. Bem, a esta hora *verificar hora da postagem do blog* já não está, mas hoje esteve um dia mesmo muito bom nomeadamente para os ingleses que estão no Algarve. Passar um dia na praia e tal. Tenho saudades da praia e invejo quem lá esteve hoje. Maio: tenho uns testes, uns trabalhos, quase tudo ao mesmo tempo, há eleições no final do mês (fuck yeah) e basicamente este mês acaba "tudo" na escola, restando uns dias de Junho para as típicas auto-avaliações envolvidas já em 27 graus com o pessoal todo na sala de aula de manga-curta e os transportes públicos com o cheiro típico a suor. Maio promete... um mês trabalhoso mas esperançoso (para que termine) porque o Verão tem capacidades de ser o melhor.

A timidez

A insegurança e a timidez tem uma potência maior do que nós pensamos, nomeadamente para as pessoas que a possuem. Eu já fui muito mais inseguro em relação a tudo mas com a maturidade, com um pouco de mais auto-estima, deixei de sê-lo. Primeiro tive que perceber que o que quero seguir profissionalmente exige uma boa oralidade e a imagem conta bastante. Não podia ser uma pessoa que se reprime demasiado e que pouco fala cuja falha seria a comunicação. Sei que tenho muito para melhorar e que talvez ainda não consiga dominar muito bem a comunicação e até a relação com as pessoas como desejaria, mas penso que com o treino tudo isso poderá melhorar. Existem diversos vídeos na internet e até livros de auto-ajuda para combater a timidez porque sim, a timidez pode mesmo ser o inimigo de muitas coisas que poderíamos alcançar e que simplesmente não conseguimos devido a esse fator. Mas com treino, com uma boa preparação e talvez até com auto-estima tudo pode melhorar ao longo do tempo.

Ainda do 25 de Abril

Passei o 25 de Abril em casa mas ao mesmo tempo em Lisboa, em espécie de espírito porque passei o dia agarrado à televisão a ver e ouvir todas as cerimónias que lá ocorreram. Acompanhei a cerimónia solene na Assembleia da República, a cerimónia no Largo do Carmo como também à chuva de cravos no Terreiro do Paço, já ao final da tarde. É bom festejar a liberdade e fiquei mesmo contente por tanto português ter saído à rua para festejar a democracia e o dia que assinalou o seu começo no nosso país.  Sendo eu jovem como sou, visto que nasci 22 anos depois do fim da ditadura tenho o dever de agradecer o facto de sermos um país livre e homenagear todos os anos quem tornou isto possível.  Muito foi escrito e comentado sobre o 25 de Abril de 74 e sobre os 40 anos que já passaram mas não podia deixar de passar em branco aqui esse dia tão importante que mudou por completo a sociedade portuguesa.

Irritações, Sic Radical

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"Irritações" é o novo programa da  Sic Radical. Programa que conta como Pedro Boucherie Mendes na moderação e como comentadores Gonçalo Morais Leitão, João Quadros e Domingos Amaral. Programa que aborda a atualidade política, social e cultural e que é visto por mim só mesmo pela curiosidade do que é falado e também porque sou fã do João Quadros, um dos melhores humoristas de Portugal - apesar de mais escondido das luzes da ribalta porque assim quer e é ele que escreve o Tubo de Ensaio com o Bruno Nogueira todos os dias para  TSF e ele é de facto um bom argumentista. A ver. Nem que seja só uma vez. Às quintas-feiras, na Sic Radical. 

A liberdade dos pais no "Boa tarde"

Na passada quarta-feira estive no programa "Boa Tarde" da Sic como convidado para uma pequena - muito pequena -, conversa sobre os adolescentes em relação à sua privacidade em casa e nas saídas à noite, na liberdade dos pais, temas que são sempre muito polémicos quando as pessoas têm filhos adolescentes. Foi uma tarde diferente, aliás, nunca tinha estado com base na cara, o que foi estranho, nem caminhado pelos estúdios da Sic e muito menos a falar para tanta gente. O essencial a reter da conversa é que o importante na relação entre pais e filhos é sem dúvida a confiança, aliás, isso é a base de tudo. É importante que os pais tenham confiança nos filhos mas para isso é preciso que os filhos dêem provas que a confiança que lhes é dada é merecida.  

A Birra de Passos Coelho*

Ao longo da democracia portuguesa têm sido diversos os casos caricatos e insólitos que ocorrem na Assembleia da República, nomeadamente nos debates onde a oposição se confronta com o governo. Recordo o célebre “manso é a tua tia, pá” de José Sócrates dirigido ao deputado Francisco Louçã depois do mesmo afirmar que o primeiro-ministro socialista,na altura, se encontrava manso. No último debate quinzenal na Assembleia da República o país assistiu a mais um momento insólito. Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda, usou a palavra para se dirigir ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para afirmar e frisar diversas vezes que a palavra do primeiro-ministro não valia nada, justificando sendo esse o problema do debate político. O assunto a ser discutido seriam os cortes nos salários e nas pensões que nos três anos de governação deste governo sempre foram feitos com a desculpa de serem medidas pontuais por causa do programa de ajustamento da Troika e agora Passos Coelho des

Celebrações pascais

Os sinos da igreja tocaram na minha santa terra à meia noite para celebrar assim o dia da Páscoa, o mais importante da Igreja Católica pela evidente ressurreição de Cristo. O Papa tweetou hoje de manhã: "Jesus ressuscitou. Aleluia". Pegando na última palavra deste tweet, "aleluia" foi o facto de eu ter conseguido fazer um bolo de iogurte ontem à noite. A minha mãe já tinha feito alguns doces mas eu achei talvez naquele micro-segundo que não seria o suficiente. Só vejo televisão aos sábados à noite portanto pelas duas da manhã apaguei a televisão, trouxe o pc para a cozinha e decidi fazer um bolo para servir de sobremesa no almoço do dia seguinte na sala de jantar, sala de jantar que é reservada para almoços e jantares em dias especiais. Sim, um almoço na sala de jantar porque não é por hábito chamar-se uma sala de almoço. Saí da cozinha às quatro da manhã com o pensamento de objectivo cumprido e pensei mentalmente "aleluia" não associando o meu alelu

A sociedade hoje em dia (com um pequeno incentivo)

Irrita-me o facto de eu próprio opinar que está tudo a denegrir-se. As pessoas estão a ficar mais velhas, as pessoas preocupam-se mais com o futuro e não são tão alegres com o presente e recordam o passado com tristeza. Os mais velhos queixam-se que nada é como dantes como se os problemas de antigamente tivessem uma resolução fácil e rápida. Talvez seja verdade. Vemos tudo cada vez pior quer a nível económico, a nível social, a nível político, a nível demográfico e até a nível ambiental. Poucas são as coisas que realmente são animadoras e é certo que talvez sejam essas que não são assim tão faladas. Estamos fixamente concentrados nas notícias que nos oferecem e elas são maioritariamente más mas que têm de ser dadas visto que marcam a atualidade. Penso imensas vezes que preferia ter nascido há 40 anos. A evolução no nosso país e nas pessoas foi enorme e gostaria de ter presenciado tudo isso. Não sei que futuro me reserva - porque tenho a vida toda pela frente -, mas suponho que n

Ídolos: sim ou não?

Existem pessoas que defendem que não devemos ter ídolos. A partir do momento em que idolatramos alguém é normalmente pela fascinação que temos pelo trabalho profissional e talento da pessoa em questão ou por algo que alguém conquistou na vida, e, às vezes, somente pela personalidade da pessoa em si. Defendem estas pessoas "contra-ídolos" que quando entramos em idolatração perante alguém conseguimos apenas ver o lado bom destas pessoas, enganando-nos a nós próprios que as mesmas não têm defeitos e abominamos qualquer tipo de comentário que remeta para o lado menos bom dessas mesmas, criando assim uma obsessão por pessoas, e acabamos por ter ídolos por razões ilusórias. Mas ter um ídolo é bom e saudável. É sinal que gostamos de alguém pelo que é ou pelo que faz. Mas existem limites. Temos que estar conscientes que são humanos como nós e que têm defeitos e virtudes como qualquer um de nós. Temos de estar conscientes da relação "fã-ídolo" porque - e refiro na mesma

2 anos depois

A banda onde estive cerca de 4 anos foi uma banda onde conheci excelentes pessoas e onde conheci um mundo que me era completamente desconhecido. Guardo boas memórias e também más memórias, como em tudo no que participamos. Existem dois erros que cometi: ter entrado demasiado cedo e não ter aproveitado como devia. Depois destes dois anos fora da banda já existem algumas saudades. Não apenas dos momentos que lá vivi mas sim da música em si, de toda a parte musical: as lições com o maestro mais recente, os ensaios, os serviços de rua e os concertos. Nunca me senti realmente cativado pela música ou pelos dois instrumentos que toquei (trompa e trombone) e para ser verdade "nunca" me senti minimamente integrado no grupo da banda. Não ligava muito àquilo. Estudava pouco em casa, "gostava" de lá estar mas não tinha qualquer objectivo em tornar-me num bom músico, aliás, não sabia o que era ser ambicioso ou perfecionista. Tudo isto porque na altura era um puto parvo, s

Os amigos nunca são para as ocasiões

Post removido. 

A memória no Prós E Contras

Fui ver hoje o Prós e Contras ao vivo pela primeira vez. Depois de uma tarde de transportes públicos, passeios à beira rio e um jantar "combinado" há dois anos no  Cais do Sodré dirigi-me para a Fundação Champalimaud para um debate cujo tema era a "Memória". O debate respondeu às seguintes perguntas: Como sentimos a memória dos afectos? Como vivemos a memória individual e colectiva? Os cheiros que inundam a nossa memória, os sons que guardamos para sempre. A memória... e a falta dela. Porque é que a memória nos constrói como seres humanos... e nos dá vida? Ao início achei que fosse interessante só pelo simples facto de não envolver política. Apesar de um ser um fã por debates desse tema decidi então que também era essencial haver um debate que fugisse um pouco a politiquices, e política é habitualmente o que se destaca no Prós e Contras, daí apostar neste  para ver ao vivo. Foi um bom programa, talvez tenha faltado um pouco de debate entre os convidados, pois li

O papel das pessoas nas nossas vidas

Tenho aprendido que a única pessoa com quem podes contar é contigo próprio. E digo isto na segunda pessoa do singular quando na verdade queria falar na primeira pessoa. Mas não queria começar o post de uma maneira muito egocêntrica. Toda a ajuda - importante ou não - de algumas pessoas não passa de efémera, aliás, a passagem das pessoas pelas nossas vidas é demasiado efémera. E ajuda remete à amizade, à preocupação que as pessoas disponibilizam, de modo a criar laços de amizade. É de facto efémero mas não é algo que me frustra porque caracterizo isto como uma lei da vida. Por vezes as pessoas afastam-se inconscientemente, outras apenas porque viam em nós algum interesse para atingir algo - o que não é definitivamente o meu caso até porque nem sou um gajo com algum interesse monetário -, e outras afastam-se porque assim aconteceu. Fora as desilusões tudo é suportável. Aliás, as desilusões também podem ser suportáveis. É normal que ao princípio tudo seja um escândalo, temos sempre

Durão Barroso voltou

Acordei, liguei a televisão e ouvia-se Durão Barroso: "Ainda não saímos da crise, mas existem sinais de recuperação económica ". Que sinais são esses? Parece-me que estes sinais são os mesmos sinais das pistas para a descoberta do avião da Malásia. Sinais eles existem, todos os dias, agora na prática não se encontra nada.

Novidades do indivíduo Alexandre

Vou deixar-me da desculpabilização barata típica dos blogers que se esquecem que têm um blog quando deixam de escrever umas semanas. Além de irritante arranjam sempre a desculpa do tipo "fui de férias para Bagdad" ou "Agora tenho uma vida."  Deixei de escrever porque o meu pc decidiu avariar e após o arranjo voltou ao trabalho.  A vida tem-me corrido bem. Pronto, na verdade não tem mas o que se pode fazer.  O essencial é que as notas estão boas e foi preciso chegar a 2014 para me preocupar com isto. Sim, pela primeira vez num ano lectivo dirigi-me à escola para ver as notas, fenómeno que intitulo de "espécie de interrupção de minutos das minhas modestas férias".  Férias que me permitem ver reuniões plenárias e debates no Canal Parlamento, ler alguns livros de Filosofia para perceber certas coisas, ver umas séries e ignorar toda a gente porque fazem exactamente o mesmo comigo. Nem é uma espécie de vingança, é só uma questão de bom senso. Duas nota

A verdade da Mentira

Fiz hoje uma apresentação oral a Português do livro "A verdade da Mentira" de Gonçalo Amaral, um ex-inspector da Polícia Judiciária que escreveu toda a investigação que fez desde o primeiro dia do desaparecimento de Madeleine (3 de Maio de 2007) até Outubro do mesmo ano. Um livro que trouxe muitas polémicas por contrariar a tese que os pais da mesma sempre alegaram: rapto. Aqui neste livro está descrito todo o desenvolvimento do caso feito pela Polícia Judiciária e depois de todos os falsos testemunhos, de todas as contradições e incongruências presentes na árdua investigação, concluiu-se assim que Madeleine terá morrido naquela noite e que os pais da mesma poderão ser suspeitos, neste caso, na ocultação do cadáver face a um acidente que possivelmente terá ocorrido. A apresentação correu-me bem, visto que não é um livro que tenha uma introdução e um desenvolvimento tive que improvisar bastante e falar do tema do livro e não tanto da investigação pormenorizada. No final d

Uma experiência diferente

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Diria Immanuel Kant que o que fiz na passada quarta-feira foi uma ação conforme o dever. Uma ação pertencente ao imperativo hipotético. Aliás, uma ação que serviu como um meio para atingir um fim, fim que consiste na recompensa de me sentir bem comigo próprio por ter ajudado quem é mais desfavorecido. Estive num jantar comunitário na quarta-feira passada em Alcântara e como primeira vez em que estive presente neste tipo de voluntariado posso dizer que foi uma boa experiência. Além de servir à mesa tive a oportunidade de dar ênfase à palavra "comunitário" porque afinal de contas é essa a palavra mais importante e não tanto o "jantar". Ali cada pessoa tem uma história. Existem ali pessoas más, existem pessoas boas, existem pessoas que se entregaram à pobreza enquanto outras não conseguiram escapar à pobreza. Enquanto observava o rosto das pessoas era claro o sofrimento, a mágoa e também a revolta. Não sabemos porque estariam assim. Talvez estariam revoltados

Fragilidades

As pessoas têm diversas dificuldades em acreditar que a morte faz parte da vida. Que é a conclusão. Que é o final. Poucos falam disso. E se falarem é um assunto que não é assim muito assustador porque é normal ser falado. É um tema comum, dá origem a imensos debates e é muitas vezes usado para o humor. Quando as pessoas estão à beira da mesma ou por acaso não a atingem de um momento para o outro só mesmo pelo factor "sorte" as ideias mudam acerca desse assunto. Hoje aconteceu uma situação insólita que não vale a pena mencionar qual mas que me deixou a pensar em certas coisas. A fragilidade da vida é muito maior do que pensamos e a fragilidade das pessoas perante a natureza humana é ainda maior. Hoje estamos aqui mas amanhã podemos não estar. O mesmo acontece em quem está em nosso redor. Não sabemos o que se pode passar connosco, não sabemos o que nos espera daqui a umas horas, daqui a uns dias, daqui a umas semanas. Prevemos o futuro como se tivéssemos a certeza que esta

Dois tipos de frustrados

Existem dois tipos de pessoas que são consideradas as mais frustradas: os comentadores online do Diário de Notícias e os adolescentes. Em relação aos comentadores não vale a pena falar muito sobre o assunto, mas é de facto interessante verificar a irracionalidade que atinge uma pessoa quando tem o poder de se colocar em anónimo. Em relação aos adolescentes acho que é de facto hilariante o quão frustrados somos sem ninguém reparar - porque afinal somos todos assim portanto não é assim tão mau sê-lo. E não é que seja uma coisa má. Afinal de contas na adolescência temos um espírito crítico muito ativo porque tem que ser tudo à nossa maneira. Mas não é. Não é mesmo.  Em primeiro lugar o pessoal da nossa idade irrita-nos. Porque achamos sempre que somos superiores a eles, que temos mais mentalidade e logo aí irritam-nos as pessoas que se fazem de burras ou as pessoas ignorantes. Em segundo lugar há aquelas faltas de auto-estima que atingem quase toda a gente que normalmente é o que

O primeiro dia com 18 anos onde não esmaguei os seios de ninguém

Passei o dia entre inquisidores, autos-da-fé, cristãos-novos, índex, métodos de tortura, entre outros. Passar o meu primeiro dia como maior de idade a fazer um trabalho de História cujo tema é a inquisição poderá reflectir o meu futuro em dois aspetos: 1 - que vou ser um gajo trabalhador; 2 - que vou andar na vida com hastes metálicas a ferver para esmagar os seios da minha futura esposa, numa tentativa frustrada de inovar a história da violência doméstica no mundo. Recebi mensagens sentidas, com amor, com verdade, com ternura, ou então foi apenas porque receberam a notificação do Facebook. Vá, só algumas. Duvido que alguma vez houvesse tanta gente num espaço de um dia animada a dizer a outra pessoa "Pá, já podes ser preso", com uma felicidade tão grande. Eu sei que gostariam de me ver preso mas não é algo que seja apetecível, aliás, o tempo tem estado tão bom. Agora que cheguei à maioridade prometo fazer post's menos parvos - o último foi este -, e prometo que não

Os 18 chegam amanhã

Este é o último post que escrevo enquanto menor de idade. Fazer 18 anos torna-me um gajo. Talvez (ainda) com cara de puto feio mas um gajo. O gajo. "Sabias que aquele gajo foi preso? é aquela frase que a partir de amanhã poderá referir-se a mim porque eu já posso ser preso. "Ó, conheces o gajo que capotou o carro ali à frente?"  Outra frase que a partir de amanhã poderá referir-se a mim porque eu já posso tirar a carta. Hoje ainda sou puto. E pronto, amanhã também. Ou até terça, então. Ou até quarta. Ou até sempre. Talvez seja puto para sempre, sim, é capaz de ser isso.

Sexta-feira negra

Hoje foi uma sexta-feira má para o país. Sim, foi declarado um dia de luto nacional pela morte de José Policarpo mas não era disso que ia falar. "Mas porquê, Alex? Teve bom tempo e afinal de contas é sexta-feira". É socialmente aceitável que me fizessem estas perguntas sem serem chamados de seres não-pensantes porque na verdade as conversas dos portugueses resumem-se: - à meteorologia; - ao facto de querer que a sexta-feira chegue depressa; - outras coisas insignificantes que não interessam. Triste porque percebemos que o nosso país é como a maré: onda para cá, onda para lá. E hoje vimos o recuo de uma onda. Portugal recuou, aliás, comprovou a merda de mentes deste país.  Foi chumbada a co-adoção por casais homossexuais no parlamento. Por 5 votos que não foi aprovada. Chumbado pelo CDS-PP que vota a favor da continuidade da discriminação de famílias e da orfandade forçada de crianças como também 2 deputadas do PSD que alteraram o seu sentido de voto e ainda

O futebol

Em cinco anos de blogosfera acho que nunca falei de futebol - a não ser da seleção nacional. O meu interesse por futebol sempre foi escasso. Até ao sétimo ano ia para o campo da bola da escola jogar futebol porque era o que todos faziam e cá em casa é tudo sportinguista - a minha mãe gosta mais do Benfica, mas penso que seja apenas para contrariar o resto da casa. Por norma não jogo futebol portanto sou uma vergonha nisso. Em desporto sempre fui o melhor a correr, portanto faço a milha a brincar. Apesar de não saber jogar podia interessar-me pelo mundo do futebol em Portugal visto que é algo que chama muitos adeptos, aliás, toda a comunicação social tem como destaque o futebol e muitas vezes é discutido se os canais informativos não darão demasiado tempo de antena a este tema. Talvez, mas é um tema que os portugueses gostam portanto não é criticado e muito menos incomodativo. O meu desinteresse pelo futebol é fácil de explicar. O debate futebolístico é muitas vezes inútil porque n
post removido

O que realmente interessa

Existem duas coisas com as quais os adolescentes se preocupam: a aparência e a vida amorosa. A aparência em geral, ou seja, termos uma boa apresentação é bastante importante mas também reparamos  na aparência de todos os que nos rodeiam. Quase ninguém se preocupa com mais que isso. Porque é cansativo importar-nos em conhecer as pessoas melhor porque o essencial basta. Já basta estarmos cansados pelo facto de estarmos sempre preocupados com a nossa vida social ou simplesmente a pensar no que é que os outros pensam de nós. Depois existe a vida amorosa: além de haver coisas boas - porque elas existem -, em muitos casos é curta e é facilmente destruído. Os filmes que se fazem, as telenovelas mexicanas, as séries, tudo o que os adolescentes fazem quando se (des)apaixonam. Principalmente aqueles que têm uma personalidade de uma avestruz e que confundem relacionamentos séries com satisfação de carências. O exagero, o drama, o terror. Fazem de tudo uma ficção mas nem a uma gala de óscares

Recordando o Verão

Tenho saudades do Verão independentemente de ter sido o pior que já tive. Fui umas três vezes à praia e nem gostei muito de ir porque não estive com quem queria estar, aliás, esses 3 meses não estive com quem quis. Passei metade do Verão a trabalhar e a outra metade por aí a deprimir, possivelmente a passar pelas semanas mais deprimentes da minha vida e sinceramente penso que se volte a repetir este ano. Recordo a melhor semana do Verão no trabalho da apanha da pêra, só mesmo por causa do pessoal que conheci. Facilmente nos familiarizámos até porque passámos aquelas 8/9 horas juntos por dia, as horas de almoço e as viagens para casa eram animadas e o pessoal em si era cinco estrelas. Claro que custava um bocado passar aquelas horas ali ao sol mas sentia-me bem até porque tinha como objectivo, com o dinheiro desse trabalho comprar um bom tablet (que comprei imediatamente) e que agora é como uma religião. Lembro-me numa hora de almoço desse trabalho - tínhamos uma hora -, em que com

O improviso no jornalismo

O que mais me fascina no jornalismo e o que me dá mais pica são os imprevistos e o improviso. Vi este fim-de-semana um vídeo de uma jornalista que estava prestes a entrar em directo para a TVI quando ela e o cameraman  levam com uma onda, porque estavam a trabalhar na Costa da Caparica a noticiar a agitação marítima. Possivelmente muita gente se riu ao ver o vídeo, aliás, eu vi na TVI24 e o jornalista após a transmissão de vídeo disse "Pode estar a rir-se mas é mesmo necessário estar longe da costa pois o mar está bastante perigoso". Eu não me ri mas achei aquilo hilariante. Porque o jornalismo é feito destas coisas e o que mais me fascina nos telejornais são aqueles improvisos que acontecem nos directos. Lembro-me agora da crise política em Julho do ano passado, com aqueles pedidos de demissão dos ministros e com a quase queda do governo que gerou muitas reuniões entre a coligação e onde os jornalistas estiveram à porta do Palácio de S. Bento até às tantas da madrugada,

A memória

Todos nós temos dias maus. Aqueles dias em que estamos de mal com a vida, vá, de mal com toda a gente. Em que nos sentimos a mais ou então em que nos sentimos sozinhos. Alvos de sentimentos que nos inferiorizam e que nos subestimam. Já tive uns dias mesmo maus, aliás, como tu e como toda a gente. Imensos, aliás. Mas esqueço-me de maioria porque são coisas que passam com o tempo e que mais tarde nem são assim tão importantes. Podia descrevê-los - mesmo que tenham sido há algum tempo -, muito melhor do que possivelmente a descrição do almoço de ontem. Porquê? Porque a memória é um instrumento extraordinário que o ser humano possui. Aliás, o que éramos nós sem a memória? Racionais não seríamos. Mas a memória, sendo um instrumento tão importante para o ser humano e tão "não-valorizado" por ser algo tão básico em nós também pode trazer malefícios e dissabores ao longo da vida porque há coisas que queremos esquecer e simplesmente não podemos. E quando forçamos esquecer algo, is

Os adeptos de partidos

Existem aqueles bloggers que começam um post com um típico "Tiveram saudades minhas?" cuja resposta não é dada porque simplesmente ninguém teve. Ou então porque ninguém lê o blog - o que é o meu caso.  Aliás, eu acho que fazem a pergunta como um pedido de desculpas pela ausência e com essa frase não têm que obrigatoriamente justificar a ausência.  Podia falar do facto do despertador do meu tablet ter tocado hoje na aula, aliás, momentos constrangedores é comigo ou de ter tido uma excelente nota no tpc de filosofia - texto que coloquei aqui sobre a co-adoção por casais do mesmo sexo -, ou então podia falar, e isto remete para temas de conversa para quem nasceu antes dos anos 50, do tempo. Um tempo de m... que se prolonga por estas semanas a que se chama, dizem, de Inverno. Gosto bastante de política. Mesmo que não saiba muita coisa, gosto de estar a par das notícias, gosto de saber o que se passa e de me informar nesse assunto.  Já me perguntaram muitas vezes "qua

Desmitificar tempos livres

Nunca percebi se tenho realmente tempo livre. Há dias em que não faço nada mas ando com a consciência pesada porque tenho coisas para fazer e há outros dias em que nada tenho para fazer mas se pensar em fazer algo - por exemplo, dedicar-me a um desporto -, penso que depois não vou ter tempo para nada. Aliás, eu não sei bem o que é que faço nos tempos livres.Estão a ver aquelas pessoas que vêm com perguntas do tipo"que gostas fazer nos tempos livres?" e depois vocês respondem algo que toda a gente diz do tipo "ir-ao-cinema-estar-com-os-amigos-ler-jogar-no-computador". Isso é tudo uma farsa. O que ninguém diz é que gostam é de dormir 12 horas seguidas, passar uma tarde a ver um programa manhoso na televisão ou simplesmente passar uma noite no Twitter. E é assim que os tempos livres dos jovens - ou maioria -, gostam de fazer. Eu nos tempos livres gosto de não fazer nada. Admito. Não fazer nada é aquela coisa que sabe mesmo bem depois de uma semana de aulas. Deitar-

A co-adoção por casais homossexuais

A co-adoção por casais homossexuais é um tema delicado que deve ser feito sem qualquer tipo de tabus, ou seja, o preconceito não deve estar influenciado nas opiniões acerca do tema, como por exemplo a rejeição de casais homossexuais por serem contra-natura, visto que o que se trata aqui são os direitos das crianças e o desenvolvimento das mesmas como cidadãs. Primeiro que tudo, todas as crianças são iguais e têm de ter os mesmos direitos, sejam elas filhas de casais homo ou heterossexuais. Contudo, existem diferenças em relação aos seus progenitores que as diferenciam das outras crianças nesse aspeto, no entanto nada significa que isso vá influenciar o desenvolvimento da mesma, pois tudo isso depende da educação que receberam e não da orientação sexual dos pais. Caso uma criança seja criada por um casal do mesmo sexo, por exemplo há imensos casais do mesmo sexo que recorrem a outros países onde é permitida a inseminação artificial sabemos que essa criança é filha de duas mulher

4 anos depois da primeira entrevista

Fez este mês 4 anos que fui entrevistado para o jornal Expresso e lembro-me de tudo como se tivesse sido ontem. O blog tinha pouco mais que meio ano de existência, e apesar das 5000 visitas, fez com que a tal jornalista - que tomei conhecimento que deixou de trabalhar no Expresso, entretanto -, encontrou o meu blog e resolveu entrevistar-me. O tema da reportagem era sobre os jovens e onde os próprios desabafavam e visto que a moda dos diários "a cadeado" teria mudado para a blogosfera, seria um tema interessante de abordar. Eu e mais três bloggers foram entrevistados (sou o único que ainda mantém o blog) e recordo quando recebi as perguntas da jornalista por e-mail e o entusiasmo que tinha em responder, aliás, já estava entusiasmado com o facto de saber que um jornalista teria estado no meu blog para um trabalho que estaria a fazer. E no dia em que saiu a edição com a entrevista, antes de ir comprar o jornal, às oito da manhã, já tinha várias visitas dos leitores do Expr

Friends - A melhor série de comédia de sempre

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Friends é definitivamente a melhor série de comédia de sempre. Sim, de sempre. Não vale a pena contrariar esta afirmação. Mas não digo que seja a melhor série de sempre porque há, certamente, muita série com excelente qualidade, mas a nível de comédia sei que nenhuma bate esta. Comecei a ver Friends há três/quatro anos e rapidamente se tornou um vício. Já vi pelo menos as temporadas todas duas vezes e não há uma semana que não veja uns bons episódios desta série que resume a minha adolescência - por ter passado muito tempo a vê-la e a falar dela. Friends ao longo dos tempos tem estado comigo em todo o lado: já fiz directas a ver, já passei manhãs a ver, já passei tardes a ver, já jantei imensas vezes a ver, já almocei outras tantas vezes a ver.  Já vi Friends no comboio, no autocarro, no computador, na escola (intervalos...), no Mc Donald's e na biblioteca, isto no tablet, no computador e até mesmo na televisão.  Friends é isto: um vício. Um refúgio daquilo a que cham

Eu e a minha mãe nas compras

Hoje fui com a minha mãe às compras e pensei: 2014 e a minha mãe ainda me deixa sozinho e pendurado na caixa do super-mercado. Desde 1996 que ela faz isto: será um ritual? Será que as mães têm um grupo de Facebook para contarem estas histórias?  17 - quase 18 -, anos depois cheguei à conclusão que perante esta situação devemos antes de nos dirigirmos para a caixa pedir o cartão para pagar as compras. A vida requer independência portanto uma pessoa tem que saber arrumar as compras nos sacos e se necessário pagar. Foi isso que fiz no mini-desaparecimento da minha mãe que em cima da hora decidiu que faltava alguma coisa.  Para não criar momentos constrangedores o melhor a fazer é fingir que estás sozinho nas compras e se tiveres os elementos para pagares as compras tudo corre de uma maneira menos constrangedora. Mas, misteriosamente (ou não) as nossas mães aparecem sempre antes do pagamento com aquele "alimento-que-nem-é-importante-foi-só-para-deixar-o-meu-filho-sozinho"

Uma tarde no Dolce Vita

Quebrar a rotina é algo que todos devíamos fazer, de vez em quando. Quando acabas um dia de aulas e pensas que vais para casa fazer os trabalhos de casa e esperar pelo jantar para depois ir dormir e quando tudo acontece de forma diferente até acaba por ser bacano. Fui ontem ao Dolce Vita Tejo. Fiz umas compras de umas cenas que precisava e a seguir combinei com a minha mãe uma hora específica para nos encontrarmos para voltar a casa. Até aí cada um faria o que quisesse. A minha mãe deu-me dinheiro para jantar, combinámos uma hora e cada um foi para um lado. Longe estão os tempos em que eu tinha de andar atrás da minha mãe. Principalmente naquelas lojas - de roupa ou não -, que achava uma seca mas simplesmente não podia fazer nada. Agora, já posso andar à minha vontade e foram duas horas bem passadas. Como sabem, o Dolce Vita é o shopping maior de Portugal portanto é o triplo do shopping da minha cidade e todas as lojas têm o triplo do tamanho do shopping daqui do sítio. Passei ma

Grande Revista à Portuguesa - La Féria

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No último dia de férias (6 de Janeiro, domingo) fui ver a Grande Revista à Portuguesa, uma peça do Filipe La Féria e foi absolutamente incrivel e superou todas as minhas expectativas. Já tinha estado no Teatro Politeama há uns anos (2006/2007) onde assisti a uma peça, também do La Féria, mas não era uma revista. Chamava-se Jesus Cristo Superstar e a visita foi no âmbito da disciplina de Moral, que eu tinha na altura. Mas a revista é completamente diferente num sentido positivo. Muito humor, excelentes vozes, excelentes apresentações a nível teatral. Todos os bailarinos, atores, cenários, textos (diálogos e monólogos), encenação, vestuário: tudo na perfeição. Abordava temas bastante interessantes usando a sátira política e social e essa foi uma das razões que me levou a gostar bastante da (primeira) revista que vi ao vivo.  Marina Mota, João Baião, Ricardo Castro, Maria Vieira e Vanessa (que participou há uns tempos na "A Tua Cara não me É Estranha") estiveram absolutamen
Hoje acordei com uma notícia que não esperava. Aliás, fiquei mesmo perplexo quando a li, não apenas pelo conteúdo em si, mas sim pelas razões que levaram essa pessoa a contar-me o que contou, principalmente porque já não falávamos há dois anos. Contudo, a confiança permaneceu e fiquei surpreendido com isso, E tudo isto me deixou a pensar.

Lisboa estará no futuro

Passei o dia em Lisboa com amigos mas eles acabaram por sair mais cedo e fiquei cerca de duas horas sozinho. Não tenho medo - nunca tive medo de andar sozinho, dia ou noite, seja onde for -, e consegui fazer tudo como planeado. Tive duas horas na Fnac (e passaria mais se pudesse) porque dá vontade de comprar tudo o que lá está e andei no metro sozinho sem problema nenhum. Não é a primeira vez que ando sozinho mas acho que foi a primeira vez que não me enganei a mudar de linha ou então com dúvidas acerca do sítio para onde devia ir. Já domino bem a compra para bilhetes do metro, as linhas, as mudanças das mesmas devido à correspondência e hoje, enquanto ia para o Campo Grande pensava que estas viagens de metro vão fazer parte da minha rotina daqui a uns tempos. A independência vai chegar, vou largar a minha cidade, a minha família e tudo vai mudar. Vou sair da zona de conforto e de tudo o que é limitado e vou conhecer novos sítios e novas pessoas. É isso que a capital nos oferece. É a

Os desabafos a uma revista de TV

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A Notícias TV (anexada ao Diário de Notícias às sextas-feiras) é uma boa revista de televisão. Aliás, penso que seja a melhor que aborda todo o mundo televisivo e é a que tem o jornalismo mais rigoroso. Rigoroso em formato papel porque depois criou uma página de Facebook. Com perguntas desnecessárias com o objectivo fixar público à página o que ridiculariza um pouco o bom profissionalismo que supostamente tem.  Podiam limitar-se à divulgação das notícias mas eles querem mais que isso. Querem mesmo saber o que eu estou a comer, se estou a trabalhar e qual é o canal da tv que estou a ver e o que é que recebi no Natal. Demasiada pressão, portanto. E além disso as pessoas respondem, possivelmente criando assim alguma ilusão de que alguém se importa com elas.  Um bom ano.