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A mostrar mensagens de abril, 2014

A timidez

A insegurança e a timidez tem uma potência maior do que nós pensamos, nomeadamente para as pessoas que a possuem. Eu já fui muito mais inseguro em relação a tudo mas com a maturidade, com um pouco de mais auto-estima, deixei de sê-lo. Primeiro tive que perceber que o que quero seguir profissionalmente exige uma boa oralidade e a imagem conta bastante. Não podia ser uma pessoa que se reprime demasiado e que pouco fala cuja falha seria a comunicação. Sei que tenho muito para melhorar e que talvez ainda não consiga dominar muito bem a comunicação e até a relação com as pessoas como desejaria, mas penso que com o treino tudo isso poderá melhorar. Existem diversos vídeos na internet e até livros de auto-ajuda para combater a timidez porque sim, a timidez pode mesmo ser o inimigo de muitas coisas que poderíamos alcançar e que simplesmente não conseguimos devido a esse fator. Mas com treino, com uma boa preparação e talvez até com auto-estima tudo pode melhorar ao longo do tempo.

Ainda do 25 de Abril

Passei o 25 de Abril em casa mas ao mesmo tempo em Lisboa, em espécie de espírito porque passei o dia agarrado à televisão a ver e ouvir todas as cerimónias que lá ocorreram. Acompanhei a cerimónia solene na Assembleia da República, a cerimónia no Largo do Carmo como também à chuva de cravos no Terreiro do Paço, já ao final da tarde. É bom festejar a liberdade e fiquei mesmo contente por tanto português ter saído à rua para festejar a democracia e o dia que assinalou o seu começo no nosso país.  Sendo eu jovem como sou, visto que nasci 22 anos depois do fim da ditadura tenho o dever de agradecer o facto de sermos um país livre e homenagear todos os anos quem tornou isto possível.  Muito foi escrito e comentado sobre o 25 de Abril de 74 e sobre os 40 anos que já passaram mas não podia deixar de passar em branco aqui esse dia tão importante que mudou por completo a sociedade portuguesa.

Irritações, Sic Radical

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"Irritações" é o novo programa da  Sic Radical. Programa que conta como Pedro Boucherie Mendes na moderação e como comentadores Gonçalo Morais Leitão, João Quadros e Domingos Amaral. Programa que aborda a atualidade política, social e cultural e que é visto por mim só mesmo pela curiosidade do que é falado e também porque sou fã do João Quadros, um dos melhores humoristas de Portugal - apesar de mais escondido das luzes da ribalta porque assim quer e é ele que escreve o Tubo de Ensaio com o Bruno Nogueira todos os dias para  TSF e ele é de facto um bom argumentista. A ver. Nem que seja só uma vez. Às quintas-feiras, na Sic Radical. 

A liberdade dos pais no "Boa tarde"

Na passada quarta-feira estive no programa "Boa Tarde" da Sic como convidado para uma pequena - muito pequena -, conversa sobre os adolescentes em relação à sua privacidade em casa e nas saídas à noite, na liberdade dos pais, temas que são sempre muito polémicos quando as pessoas têm filhos adolescentes. Foi uma tarde diferente, aliás, nunca tinha estado com base na cara, o que foi estranho, nem caminhado pelos estúdios da Sic e muito menos a falar para tanta gente. O essencial a reter da conversa é que o importante na relação entre pais e filhos é sem dúvida a confiança, aliás, isso é a base de tudo. É importante que os pais tenham confiança nos filhos mas para isso é preciso que os filhos dêem provas que a confiança que lhes é dada é merecida.  

A Birra de Passos Coelho*

Ao longo da democracia portuguesa têm sido diversos os casos caricatos e insólitos que ocorrem na Assembleia da República, nomeadamente nos debates onde a oposição se confronta com o governo. Recordo o célebre “manso é a tua tia, pá” de José Sócrates dirigido ao deputado Francisco Louçã depois do mesmo afirmar que o primeiro-ministro socialista,na altura, se encontrava manso. No último debate quinzenal na Assembleia da República o país assistiu a mais um momento insólito. Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda, usou a palavra para se dirigir ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para afirmar e frisar diversas vezes que a palavra do primeiro-ministro não valia nada, justificando sendo esse o problema do debate político. O assunto a ser discutido seriam os cortes nos salários e nas pensões que nos três anos de governação deste governo sempre foram feitos com a desculpa de serem medidas pontuais por causa do programa de ajustamento da Troika e agora Passos Coelho des

Celebrações pascais

Os sinos da igreja tocaram na minha santa terra à meia noite para celebrar assim o dia da Páscoa, o mais importante da Igreja Católica pela evidente ressurreição de Cristo. O Papa tweetou hoje de manhã: "Jesus ressuscitou. Aleluia". Pegando na última palavra deste tweet, "aleluia" foi o facto de eu ter conseguido fazer um bolo de iogurte ontem à noite. A minha mãe já tinha feito alguns doces mas eu achei talvez naquele micro-segundo que não seria o suficiente. Só vejo televisão aos sábados à noite portanto pelas duas da manhã apaguei a televisão, trouxe o pc para a cozinha e decidi fazer um bolo para servir de sobremesa no almoço do dia seguinte na sala de jantar, sala de jantar que é reservada para almoços e jantares em dias especiais. Sim, um almoço na sala de jantar porque não é por hábito chamar-se uma sala de almoço. Saí da cozinha às quatro da manhã com o pensamento de objectivo cumprido e pensei mentalmente "aleluia" não associando o meu alelu

A sociedade hoje em dia (com um pequeno incentivo)

Irrita-me o facto de eu próprio opinar que está tudo a denegrir-se. As pessoas estão a ficar mais velhas, as pessoas preocupam-se mais com o futuro e não são tão alegres com o presente e recordam o passado com tristeza. Os mais velhos queixam-se que nada é como dantes como se os problemas de antigamente tivessem uma resolução fácil e rápida. Talvez seja verdade. Vemos tudo cada vez pior quer a nível económico, a nível social, a nível político, a nível demográfico e até a nível ambiental. Poucas são as coisas que realmente são animadoras e é certo que talvez sejam essas que não são assim tão faladas. Estamos fixamente concentrados nas notícias que nos oferecem e elas são maioritariamente más mas que têm de ser dadas visto que marcam a atualidade. Penso imensas vezes que preferia ter nascido há 40 anos. A evolução no nosso país e nas pessoas foi enorme e gostaria de ter presenciado tudo isso. Não sei que futuro me reserva - porque tenho a vida toda pela frente -, mas suponho que n

Ídolos: sim ou não?

Existem pessoas que defendem que não devemos ter ídolos. A partir do momento em que idolatramos alguém é normalmente pela fascinação que temos pelo trabalho profissional e talento da pessoa em questão ou por algo que alguém conquistou na vida, e, às vezes, somente pela personalidade da pessoa em si. Defendem estas pessoas "contra-ídolos" que quando entramos em idolatração perante alguém conseguimos apenas ver o lado bom destas pessoas, enganando-nos a nós próprios que as mesmas não têm defeitos e abominamos qualquer tipo de comentário que remeta para o lado menos bom dessas mesmas, criando assim uma obsessão por pessoas, e acabamos por ter ídolos por razões ilusórias. Mas ter um ídolo é bom e saudável. É sinal que gostamos de alguém pelo que é ou pelo que faz. Mas existem limites. Temos que estar conscientes que são humanos como nós e que têm defeitos e virtudes como qualquer um de nós. Temos de estar conscientes da relação "fã-ídolo" porque - e refiro na mesma

2 anos depois

A banda onde estive cerca de 4 anos foi uma banda onde conheci excelentes pessoas e onde conheci um mundo que me era completamente desconhecido. Guardo boas memórias e também más memórias, como em tudo no que participamos. Existem dois erros que cometi: ter entrado demasiado cedo e não ter aproveitado como devia. Depois destes dois anos fora da banda já existem algumas saudades. Não apenas dos momentos que lá vivi mas sim da música em si, de toda a parte musical: as lições com o maestro mais recente, os ensaios, os serviços de rua e os concertos. Nunca me senti realmente cativado pela música ou pelos dois instrumentos que toquei (trompa e trombone) e para ser verdade "nunca" me senti minimamente integrado no grupo da banda. Não ligava muito àquilo. Estudava pouco em casa, "gostava" de lá estar mas não tinha qualquer objectivo em tornar-me num bom músico, aliás, não sabia o que era ser ambicioso ou perfecionista. Tudo isto porque na altura era um puto parvo, s

Os amigos nunca são para as ocasiões

Post removido. 

A memória no Prós E Contras

Fui ver hoje o Prós e Contras ao vivo pela primeira vez. Depois de uma tarde de transportes públicos, passeios à beira rio e um jantar "combinado" há dois anos no  Cais do Sodré dirigi-me para a Fundação Champalimaud para um debate cujo tema era a "Memória". O debate respondeu às seguintes perguntas: Como sentimos a memória dos afectos? Como vivemos a memória individual e colectiva? Os cheiros que inundam a nossa memória, os sons que guardamos para sempre. A memória... e a falta dela. Porque é que a memória nos constrói como seres humanos... e nos dá vida? Ao início achei que fosse interessante só pelo simples facto de não envolver política. Apesar de um ser um fã por debates desse tema decidi então que também era essencial haver um debate que fugisse um pouco a politiquices, e política é habitualmente o que se destaca no Prós e Contras, daí apostar neste  para ver ao vivo. Foi um bom programa, talvez tenha faltado um pouco de debate entre os convidados, pois li

O papel das pessoas nas nossas vidas

Tenho aprendido que a única pessoa com quem podes contar é contigo próprio. E digo isto na segunda pessoa do singular quando na verdade queria falar na primeira pessoa. Mas não queria começar o post de uma maneira muito egocêntrica. Toda a ajuda - importante ou não - de algumas pessoas não passa de efémera, aliás, a passagem das pessoas pelas nossas vidas é demasiado efémera. E ajuda remete à amizade, à preocupação que as pessoas disponibilizam, de modo a criar laços de amizade. É de facto efémero mas não é algo que me frustra porque caracterizo isto como uma lei da vida. Por vezes as pessoas afastam-se inconscientemente, outras apenas porque viam em nós algum interesse para atingir algo - o que não é definitivamente o meu caso até porque nem sou um gajo com algum interesse monetário -, e outras afastam-se porque assim aconteceu. Fora as desilusões tudo é suportável. Aliás, as desilusões também podem ser suportáveis. É normal que ao princípio tudo seja um escândalo, temos sempre

Durão Barroso voltou

Acordei, liguei a televisão e ouvia-se Durão Barroso: "Ainda não saímos da crise, mas existem sinais de recuperação económica ". Que sinais são esses? Parece-me que estes sinais são os mesmos sinais das pistas para a descoberta do avião da Malásia. Sinais eles existem, todos os dias, agora na prática não se encontra nada.

Novidades do indivíduo Alexandre

Vou deixar-me da desculpabilização barata típica dos blogers que se esquecem que têm um blog quando deixam de escrever umas semanas. Além de irritante arranjam sempre a desculpa do tipo "fui de férias para Bagdad" ou "Agora tenho uma vida."  Deixei de escrever porque o meu pc decidiu avariar e após o arranjo voltou ao trabalho.  A vida tem-me corrido bem. Pronto, na verdade não tem mas o que se pode fazer.  O essencial é que as notas estão boas e foi preciso chegar a 2014 para me preocupar com isto. Sim, pela primeira vez num ano lectivo dirigi-me à escola para ver as notas, fenómeno que intitulo de "espécie de interrupção de minutos das minhas modestas férias".  Férias que me permitem ver reuniões plenárias e debates no Canal Parlamento, ler alguns livros de Filosofia para perceber certas coisas, ver umas séries e ignorar toda a gente porque fazem exactamente o mesmo comigo. Nem é uma espécie de vingança, é só uma questão de bom senso. Duas nota