Estar perto dos 18 anos
Houve uma altura em que queria ter 18 anos. Um período curto de tempo apenas porque nunca foi uma ambição muito grande chegar a esta idade. Para fazer tudo o que não podia fazer aos 13 anos quando comecei este blog. Deitar-me tarde, fazer o que queria com os meus amigos nas tardes livres, sair à noite, tirar a carta de condução, acabar o secundário e ir viver para Lisboa, entre outras coisas.
Mas tudo isso não passava e passa de uma ilusão. Porque independentemente da idade que tenhamos nada é como nós queremos. Sinto que estou a mudar mas não me sinto adulto. Não me consigo sentir adulto nem me consigo imaginar adulto. Tal como os meus amigos não conseguem imaginar-me adulto nem eles próprios se conseguem imaginar adultos. Mas vamos todos morrer cedo? Se o 21 de Dezembro de 2012 não tivesse passado até poderia dizer que íamos nesse dia desta para melhor.
Tenho mentalidade de um miúdo de 15 anos às vezes, aliás, maior parte das vezes. Se me perguntarem a idade dá-me vontade de dizer mesmo que tenho apenas 15 anos e que sou só um miúdo que leva a vida na brincadeira e não com uma seriedade que um pré-adulto tem pela vida devido à sua maturidade. Mas é mentira. Eu faço 18 anos daqui a 9 meses. Se parece? Não. Nada, mesmo.
Mas é isto que está a acontecer: estou a ficar cada vez mais velho, a perceber que não aproveitei bem a adolescência, a perceber que a minha adolescência foi uma valente merd* e que nada correu como eu queria, excepto o facto de ter conhecido pessoas espectaculares quando entrei no 10º ano. O meu futuro pessoal e profissional está tão perto e eu não sei o que fazer para que tudo corra bem. E o que tento fazer corre mal. Corre mal por culpa própria por estar-me nas tintas para as consequências do que faço mal. Ou do que não faço, aliás. À medida que tenho mais responsabilidades, menos vontade de me responsabilizar por elas tenho.
Estar perto dos 18 anos tem um lado bom e um lado mau. Como tudo na vida. Não sei se estou preparado para ser adulto mesmo que me sinta independente em diversas coisas, pois nunca fui menino da mamã e sempre consegui fazer as coisas sozinho. Mas há um medo interior pelo futuro que me atormenta como atormenta outros milhares de jovens. As incertezas do que poderá ser ou do que poderá não ser a minha vida daqui em frente.
Comentários
e agora olhando para trás, vejo que aos vinte ainda era muito ingénuo, alias, até aos 23 e 24. isto porque estamos sempre a crescer e a perceber as coisas que podíamos ter feito melhor.
não te preocupes com a idade, é só um número :)
Nós pessoas somos assim, parece que umas vezes somos mais maduros e crescidos, outras nem tanto...
A idade não é sinonimo de grandesa a nivél de maturidade... ;)
Gostei do teu blog. Sigo! :)
Mas como há pouco tempo aprendi, tenho de viver um dia de cada vez. Tal como tu disseste, se o 21 de Dezembro de 2012 ainda não tivesse passado diria que sim também estaríamos prestes a morrer...
"estou a ficar cada vez mais velho, a perceber que não aproveitei bem a adolescência, " realmente, cada vez mais me apercebo que não aproveitei bem a minha tambem x: