Há definitivamente gente parva


Há definitivamente gente parva. E codrilheiras. Estive numa suposta festa de anos, onde estariam por volta de 50 pessoas. Maioria adultos… Amigos de amigos, mulheres/maridos/filhos de convidados e esta gente toda deve ter chegado às cinquenta pessoas. Foi assim o final de tarde de sábado que se prolongou pela noite… À noite já lá não estive…
Estive sempre com pessoas mais velhas (o meu irmão, primos, …) e fazia-lhes ‘comichão’ não estar com as raparigas da minha idade, que estavam reunidas numa mesa a jogar às cartas. Duas das seis da minha turma… Perguntaram-me meia dúzia de vezes porque é que não me juntava a elas. E eu preferia estar onde estava.
Enquanto comíamos/bebíamos chegámos a falar da minha suposta namorada. Pergunta típica de quando não há assunto Então, Alexandre… A namorada? E depois seguem-se as perguntas. Quem é? Onde mora? É gira?
Eu não alimento muito a situação, quando uma diz…
Ou namorado…
(larguei-me de insultos a essa pessoa – em pensamentos, claro!) E se essa pessoa fosse da minha idade, tinha respondido a um típico adolescente frustrado…
E a tal diz: então, pode ser namorado… não é? Se calhar.
Depois de me ter perdido na conversa (estavam três pessoas a falar do mesmo), lá disseram que se eu tivesse baralhado era perfeitamente normal… Seja rapaz ou rapariga, de qualquer das idades, pode estar baralhado.
E não respondi.
Gosto de uma rapariga há uns meses, mas não namoro e virgindade mantém-se... Tenho tempo para isso! Gosto mesmo muito dela e estou a tentar não ser lamechas, mas ela é espectacular, inteligente, linda, compreensiva, boa amiga e assim… Ela não sabe que eu gosto dela e duvido que ela goste de mim. Não alimento muito a situação, porque não vale a pena estragar amizades por causa disso – toda a gente sabe como é que acaba os namoros de adolescentes. Se correr tudo bem com a minha vida, ainda vou ter muitos anos de vida e hei-de ter tempo para tudo. E para todas. Ah-Ah.
O mais irritante é as pessoas de vinte anos fazerem as mesmas perguntas das pessoas de setenta anos. Tiveram a minha idade há pouco tempo… não se sentiam ligeiramente desconfortáveis quando faziam perguntas da vida amorosa? Então, porque têm a necessidade extrema de saber o que se passa comigo? Isso não é preocupar. Da maneira como perguntam, nota-se que é simplesmente querer saber… Mais nada.
Dizia-me uma vizinha um dia destes que me tinham visto a fumar na rua da estação de comboios. E ambos sabíamos que era mentira. Mas ela queria ver a minha reacção ao dizer-me isto. Ela de certeza que não me tinha visto, porque não o fiz. Isto é preocupação? Onde? É simples codrilhice…
E são estas pessoas que querem saber coisas de mim, dos meus pais, do meu irmão, ou cá de casa que da minha boca não vão saber nada.
(sim, há quem se preocupe e eu noto isso!)

Comentários

Unknown disse…
clap clap clap, grande grande post. tens tanta tanta tanta razão :)
TheWriter disse…
Tão típico!
Comigo é exactamente a mesma coisa. Eu tenho um amigo com quem falo imenso e toda a gente me pergunta se é meu namorado (que já foi)... Mas irrita-me profundamente, se não o apresentei é porque não há motivos, penso que concordes.
É uma sociedade de coscuvilhice!
Daniela disse…
Exactamente, é mesmo isso. Eu já sou mais velha que tu e mesmo assim continua a ser desconfortável virem-me com essas perguntas. :S

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