A memória

Todos nós temos dias maus. Aqueles dias em que estamos de mal com a vida, vá, de mal com toda a gente. Em que nos sentimos a mais ou então em que nos sentimos sozinhos. Alvos de sentimentos que nos inferiorizam e que nos subestimam.
Já tive uns dias mesmo maus, aliás, como tu e como toda a gente. Imensos, aliás. Mas esqueço-me de maioria porque são coisas que passam com o tempo e que mais tarde nem são assim tão importantes.
Podia descrevê-los - mesmo que tenham sido há algum tempo -, muito melhor do que possivelmente a descrição do almoço de ontem. Porquê? Porque a memória é um instrumento extraordinário que o ser humano possui.
Aliás, o que éramos nós sem a memória? Racionais não seríamos. Mas a memória, sendo um instrumento tão importante para o ser humano e tão "não-valorizado" por ser algo tão básico em nós também pode trazer malefícios e dissabores ao longo da vida porque há coisas que queremos esquecer e simplesmente não podemos. E quando forçamos esquecer algo, isso permanece ainda mais na nossa cabeça.
E há dias que passaram pela nossa vida a quem ganhámos aversão por não corresponderem ao que nós realmente queríamos e nada podemos fazer para que isso saia da nossa mente.
Julgo que mente humana é quase indescritível pelas fantásticas componentes que obtém e é daquelas coisas que não é falada em teoria mas bastante explorada na prática, ao longo dos dias e ao longo da vida.

Comentários

Anónimo disse…
Cada vez escreves melhor, adoro ler os teus posts!

Sara (Musical)
Anónimo disse…
Gostei imenso Alexandre.
Para ilustrar um pouco este tema, posto aqui uma obra de grande referência, "A persistência da memória" do grande Dali.
http://galeriadefotos.universia.com.br/uploads/2012_01_20_15_37_021.jpg

p.s. se tiveres interesse pesquisa sobre esta obra muitíssimo interessante.

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