Os adeptos de partidos

Existem aqueles bloggers que começam um post com um típico "Tiveram saudades minhas?" cuja resposta não é dada porque simplesmente ninguém teve. Ou então porque ninguém lê o blog - o que é o meu caso. 

Aliás, eu acho que fazem a pergunta como um pedido de desculpas pela ausência e com essa frase não têm que obrigatoriamente justificar a ausência. 

Podia falar do facto do despertador do meu tablet ter tocado hoje na aula, aliás, momentos constrangedores é comigo ou de ter tido uma excelente nota no tpc de filosofia - texto que coloquei aqui sobre a co-adoção por casais do mesmo sexo -, ou então podia falar, e isto remete para temas de conversa para quem nasceu antes dos anos 50, do tempo. Um tempo de m... que se prolonga por estas semanas a que se chama, dizem, de Inverno.

Gosto bastante de política. Mesmo que não saiba muita coisa, gosto de estar a par das notícias, gosto de saber o que se passa e de me informar nesse assunto. 

Já me perguntaram muitas vezes "qual é o meu partido", ou seja, qual é o partido que prefiro e até se sou de esquerda ou de direita. 

Nunca sei bem o que dizer porque não tenho favoritos. Falando no geral, temos o partido comunista que não cativa minimamente a camada jovem da população, temos o bloco de esquerda nas ruas da amargura, temos o partido socialista que serve de oposição que por sinal é bastante fraca e temos o caro partido do governo que, como devem calcular, merece tanto apoio como a candidatura de Santana Lopes a uma freguesia qualquer - que bem precisaria e certamente não ganharia na mesma.

Não me consigo "encaixar" numa ideologia política, num partido político, pelo menos por agora. Gosto de pensar pela minha própria cabeça, de escrever o que realmente acho sobre todos os assuntos que envolvem política mas não me prendo a nenhum partido porque isso requer alguma dependência dos ideais dos mesmos. Não é como um clube de futebol onde nos sentimos adeptos de um clube. A política não é nem deve ser assim.

Já irei votar nas próximas eleições e estou em completo desacordo com as pessoas que votam num partido independentemente do trabalho que fizeram ou do representante que têm. É preciso saber e conhecer o que estamos a votar. Há pessoas que votam num partido apenas porque sim e porque foi sempre assim e independentemente das mudanças que haja continuam a votar nesse partido. Não sou assim e como a política muda bastante, ao longo dos anos, penso que não temos que ter algo que nos prenda a um partido. 

Contudo, isto não significa que nos devemos abster das eleições. É um direito portanto temos que ter conhecimentos não só da campanha, que por sinal é quase sempre enganadora, mas do percurso dos partidos para acharmos que estamos a votar de forma justa, no nosso ponto de vista como é óbvio.