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Recordando o Verão

Tenho saudades do Verão independentemente de ter sido o pior que já tive. Fui umas três vezes à praia e nem gostei muito de ir porque não estive com quem queria estar, aliás, esses 3 meses não estive com quem quis. Passei metade do Verão a trabalhar e a outra metade por aí a deprimir, possivelmente a passar pelas semanas mais deprimentes da minha vida e sinceramente penso que se volte a repetir este ano. Recordo a melhor semana do Verão no trabalho da apanha da pêra, só mesmo por causa do pessoal que conheci. Facilmente nos familiarizámos até porque passámos aquelas 8/9 horas juntos por dia, as horas de almoço e as viagens para casa eram animadas e o pessoal em si era cinco estrelas. Claro que custava um bocado passar aquelas horas ali ao sol mas sentia-me bem até porque tinha como objectivo, com o dinheiro desse trabalho comprar um bom tablet (que comprei imediatamente) e que agora é como uma religião. Lembro-me numa hora de almoço desse trabalho - tínhamos uma hora -, em que com...

O improviso no jornalismo

O que mais me fascina no jornalismo e o que me dá mais pica são os imprevistos e o improviso. Vi este fim-de-semana um vídeo de uma jornalista que estava prestes a entrar em directo para a TVI quando ela e o cameraman  levam com uma onda, porque estavam a trabalhar na Costa da Caparica a noticiar a agitação marítima. Possivelmente muita gente se riu ao ver o vídeo, aliás, eu vi na TVI24 e o jornalista após a transmissão de vídeo disse "Pode estar a rir-se mas é mesmo necessário estar longe da costa pois o mar está bastante perigoso". Eu não me ri mas achei aquilo hilariante. Porque o jornalismo é feito destas coisas e o que mais me fascina nos telejornais são aqueles improvisos que acontecem nos directos. Lembro-me agora da crise política em Julho do ano passado, com aqueles pedidos de demissão dos ministros e com a quase queda do governo que gerou muitas reuniões entre a coligação e onde os jornalistas estiveram à porta do Palácio de S. Bento até às tantas da madrugada, ...

A memória

Todos nós temos dias maus. Aqueles dias em que estamos de mal com a vida, vá, de mal com toda a gente. Em que nos sentimos a mais ou então em que nos sentimos sozinhos. Alvos de sentimentos que nos inferiorizam e que nos subestimam. Já tive uns dias mesmo maus, aliás, como tu e como toda a gente. Imensos, aliás. Mas esqueço-me de maioria porque são coisas que passam com o tempo e que mais tarde nem são assim tão importantes. Podia descrevê-los - mesmo que tenham sido há algum tempo -, muito melhor do que possivelmente a descrição do almoço de ontem. Porquê? Porque a memória é um instrumento extraordinário que o ser humano possui. Aliás, o que éramos nós sem a memória? Racionais não seríamos. Mas a memória, sendo um instrumento tão importante para o ser humano e tão "não-valorizado" por ser algo tão básico em nós também pode trazer malefícios e dissabores ao longo da vida porque há coisas que queremos esquecer e simplesmente não podemos. E quando forçamos esquecer algo, is...

Os adeptos de partidos

Existem aqueles bloggers que começam um post com um típico "Tiveram saudades minhas?" cuja resposta não é dada porque simplesmente ninguém teve. Ou então porque ninguém lê o blog - o que é o meu caso.  Aliás, eu acho que fazem a pergunta como um pedido de desculpas pela ausência e com essa frase não têm que obrigatoriamente justificar a ausência.  Podia falar do facto do despertador do meu tablet ter tocado hoje na aula, aliás, momentos constrangedores é comigo ou de ter tido uma excelente nota no tpc de filosofia - texto que coloquei aqui sobre a co-adoção por casais do mesmo sexo -, ou então podia falar, e isto remete para temas de conversa para quem nasceu antes dos anos 50, do tempo. Um tempo de m... que se prolonga por estas semanas a que se chama, dizem, de Inverno. Gosto bastante de política. Mesmo que não saiba muita coisa, gosto de estar a par das notícias, gosto de saber o que se passa e de me informar nesse assunto.  Já me perguntaram muitas vezes "qua...

Desmitificar tempos livres

Nunca percebi se tenho realmente tempo livre. Há dias em que não faço nada mas ando com a consciência pesada porque tenho coisas para fazer e há outros dias em que nada tenho para fazer mas se pensar em fazer algo - por exemplo, dedicar-me a um desporto -, penso que depois não vou ter tempo para nada. Aliás, eu não sei bem o que é que faço nos tempos livres.Estão a ver aquelas pessoas que vêm com perguntas do tipo"que gostas fazer nos tempos livres?" e depois vocês respondem algo que toda a gente diz do tipo "ir-ao-cinema-estar-com-os-amigos-ler-jogar-no-computador". Isso é tudo uma farsa. O que ninguém diz é que gostam é de dormir 12 horas seguidas, passar uma tarde a ver um programa manhoso na televisão ou simplesmente passar uma noite no Twitter. E é assim que os tempos livres dos jovens - ou maioria -, gostam de fazer. Eu nos tempos livres gosto de não fazer nada. Admito. Não fazer nada é aquela coisa que sabe mesmo bem depois de uma semana de aulas. Deitar-...

A co-adoção por casais homossexuais

A co-adoção por casais homossexuais é um tema delicado que deve ser feito sem qualquer tipo de tabus, ou seja, o preconceito não deve estar influenciado nas opiniões acerca do tema, como por exemplo a rejeição de casais homossexuais por serem contra-natura, visto que o que se trata aqui são os direitos das crianças e o desenvolvimento das mesmas como cidadãs. Primeiro que tudo, todas as crianças são iguais e têm de ter os mesmos direitos, sejam elas filhas de casais homo ou heterossexuais. Contudo, existem diferenças em relação aos seus progenitores que as diferenciam das outras crianças nesse aspeto, no entanto nada significa que isso vá influenciar o desenvolvimento da mesma, pois tudo isso depende da educação que receberam e não da orientação sexual dos pais. Caso uma criança seja criada por um casal do mesmo sexo, por exemplo há imensos casais do mesmo sexo que recorrem a outros países onde é permitida a inseminação artificial sabemos que essa criança é filha de duas mulher...

4 anos depois da primeira entrevista

Fez este mês 4 anos que fui entrevistado para o jornal Expresso e lembro-me de tudo como se tivesse sido ontem. O blog tinha pouco mais que meio ano de existência, e apesar das 5000 visitas, fez com que a tal jornalista - que tomei conhecimento que deixou de trabalhar no Expresso, entretanto -, encontrou o meu blog e resolveu entrevistar-me. O tema da reportagem era sobre os jovens e onde os próprios desabafavam e visto que a moda dos diários "a cadeado" teria mudado para a blogosfera, seria um tema interessante de abordar. Eu e mais três bloggers foram entrevistados (sou o único que ainda mantém o blog) e recordo quando recebi as perguntas da jornalista por e-mail e o entusiasmo que tinha em responder, aliás, já estava entusiasmado com o facto de saber que um jornalista teria estado no meu blog para um trabalho que estaria a fazer. E no dia em que saiu a edição com a entrevista, antes de ir comprar o jornal, às oito da manhã, já tinha várias visitas dos leitores do Expr...