A "inocência" do tabaco
É estranho crescer. Mas também é estranho ver os outros crescer. Tenho, aliás, tinha dois amigos de infância que estiveram comigo do infantário até ao nono ano. Eu segui Humanidades, um seguiu Desporto e uma seguiu Ciências. Sempre fomos os melhores amigos até ao sétimo ano e do sétimo ano ao nono éramos apenas amigos, pois cada um criou o seu grupo. A partir do décimo ano tudo mudou, mas de forma natural
Mesmo que vivamos perto uns dos outros, acabámos por nos afastar. As nossas conversas baseiam-se em «olá, tudo bem?» porque a amizade desvaneceu num ápice. Nada de preocupante, pensamos nós. Cada um criou o seu grupo de amigos, cada um foi conhecendo ao longo destes dois anos dezenas de pessoas novas, consequentemente novos amigos, novos melhores amigos e mesmo que todos digam «melhor que criar novos amigos é preservar os velhos» isso não aconteceu connosco.
Tenho amizades que permanecem mesmo que cada pessoa tenha a sua vida quando nos juntamos é sempre um riso. Porque melhores amigos é sempre assim. Com eles isso não aconteceu.
Além de acompanhar a minha própria adolescência, que é definitivamente complexapara não dizer que é uma merda autêntica, acompanhar a adolescência dos nossos amigos de infância é estranho. Vejo eles os dois de vez em quando... no autocarro, na porta da escola, pouco mais...
Ambos estão diferentes. Um com más companhias, a vida resume-se a bares, discotecas, fumar, drogas para a diversão.. outro vi a fumar à porta da escola com um amigo e fiquei perplexo por isso. As pessoas estão a mudar e deixaram de ser inocentes. Eu próprio deixei de ser inocente e esqueço-me que eles também o deixaram de ser. Perplexo porquê? Afinal de contas é uma coisa natural, as coisas evoluem, as pessoas mudam...
Mas eu nunca gosto quando as coisas mudam e detesto que aconteçam mudanças. Sempre que a minha rotina se modifica ganho aversão ao que de novo apareceu.
Sempre que algo não está como sempre esteve fico chateado.
Acontece isso com as pessoas. Quando as pessoas deixam de ser o que eram - e foi com essa personalidade antiga que aprendi a gostar delas -, fico sempre de pé atrás.
Eles os dois sempre adoravam desporto e o que vi a fumar à porta da escola ainda o faz e agora que começa a fumar e isso dá-me a ideia que está a estragar a sua vida... que mudou para pior, que não foi aquela pessoa que convivi desde os três anos. Mas tudo muda...
Mesmo que vivamos perto uns dos outros, acabámos por nos afastar. As nossas conversas baseiam-se em «olá, tudo bem?» porque a amizade desvaneceu num ápice. Nada de preocupante, pensamos nós. Cada um criou o seu grupo de amigos, cada um foi conhecendo ao longo destes dois anos dezenas de pessoas novas, consequentemente novos amigos, novos melhores amigos e mesmo que todos digam «melhor que criar novos amigos é preservar os velhos» isso não aconteceu connosco.
Tenho amizades que permanecem mesmo que cada pessoa tenha a sua vida quando nos juntamos é sempre um riso. Porque melhores amigos é sempre assim. Com eles isso não aconteceu.
Além de acompanhar a minha própria adolescência, que é definitivamente complexa
Ambos estão diferentes. Um com más companhias, a vida resume-se a bares, discotecas, fumar, drogas para a diversão.. outro vi a fumar à porta da escola com um amigo e fiquei perplexo por isso. As pessoas estão a mudar e deixaram de ser inocentes. Eu próprio deixei de ser inocente e esqueço-me que eles também o deixaram de ser. Perplexo porquê? Afinal de contas é uma coisa natural, as coisas evoluem, as pessoas mudam...
Mas eu nunca gosto quando as coisas mudam e detesto que aconteçam mudanças. Sempre que a minha rotina se modifica ganho aversão ao que de novo apareceu.
Sempre que algo não está como sempre esteve fico chateado.
Acontece isso com as pessoas. Quando as pessoas deixam de ser o que eram - e foi com essa personalidade antiga que aprendi a gostar delas -, fico sempre de pé atrás.
Eles os dois sempre adoravam desporto e o que vi a fumar à porta da escola ainda o faz e agora que começa a fumar e isso dá-me a ideia que está a estragar a sua vida... que mudou para pior, que não foi aquela pessoa que convivi desde os três anos. Mas tudo muda...
Comentários
Abraço pra ti!