O papel das pessoas nas nossas vidas

Tenho aprendido que a única pessoa com quem podes contar é contigo próprio. E digo isto na segunda pessoa do singular quando na verdade queria falar na primeira pessoa. Mas não queria começar o post de uma maneira muito egocêntrica.
Toda a ajuda - importante ou não - de algumas pessoas não passa de efémera, aliás, a passagem das pessoas pelas nossas vidas é demasiado efémera. E ajuda remete à amizade, à preocupação que as pessoas disponibilizam, de modo a criar laços de amizade.
É de facto efémero mas não é algo que me frustra porque caracterizo isto como uma lei da vida.
Por vezes as pessoas afastam-se inconscientemente, outras apenas porque viam em nós algum interesse para atingir algo - o que não é definitivamente o meu caso até porque nem sou um gajo com algum interesse monetário -, e outras afastam-se porque assim aconteceu.
Fora as desilusões tudo é suportável. Aliás, as desilusões também podem ser suportáveis.
É normal que ao princípio tudo seja um escândalo, temos sempre a visão aterradora do que nos está a acontecer. É como finalizar um relacionamento. Deixemo-nos de "drama-queen".
As relações humanas são assim. As pessoas passam pelas nossas vidas, umas deixam um marco mais importante que outras e todas acabam por sair. E com quem podes realmente contar? Contigo próprio. Por isso é que se fala tanto em amor-próprio o que não tem nada a ver com egocentrismo. Tem a ver com diversos fatores da nossa personalidade, como por exemplo a auto-estima, a auto-confiança, as capacidades que temos para "enfrentar" as pessoas e o mundo que nos rodeia. Isso é o essencial. E tudo isto nos acompanha ao longo da nossa vida. Que se vai aperfeiçoando com a maturidade.
As pessoas são importantes para a nossa vida, como é óbvio, mas é errado considerar que aquela pessoa que gostas bastante no momento ficará para sempre.
Claro que existem pessoas que ficam para sempre como por exemplo, se criares uma família quando fores adulto e deixares descendentes ou então aqueles amigos - geralmente criados na vida adulta -, que duram para sempre.
Eu não tenho o feitio de me "lixar" para as pessoas que me são importantes, ou seja, pessoas que em algum momento da minha vida foram importantes para mim. Mas sim, já o fiz e arrependo-me em alguns casos, outros nem por isso.
Na altura achava que tinha razões para fazê-lo e fi-lo mas hoje arrependo-me porque à medida que adquirimos maturidade vamos tendo uma perceção da imaturidade pela qual passámos anteriormente.
O importante a reter é saber gostar de nós próprios e nunca nos iludirmos com ninguém. Um amigo é um amigo, um familiar é um familiar. Não vamos ser idealistas e criar "bonecos" nas nossas cabeças em relação às pessoas que nos rodeiam que raramente correspondem à realidade.
A pessoa é aquilo que é e não aquilo que queremos que seja. E isto é muito difícil de controlar quando as relações humanas envolvem sentimentos fortes. Pior ainda quando não são correspondidos e eu sei do que falo. Ilusão gera desilusão. 

Comentários

Pedro Pisco disse…
Pegando apenas no detalhe do que suportamos e não suportamos, acredita numa coisa, Alex:
Nós suportamos tudo! Por muito que achemos que não, suportamos.
Infelizmente, a vida ensinar-te-á que sim.

Abraço.
São disse…
Penso da mesma forma:) ... E não vale a pena querer forçar a continuação de amizades, pois elas só vão durar mais se for de uma forma natural... E muito dificilmente será para sempre :) ... dá uma certa melancolia, mas é assim :)
C*inderela disse…
O melhor é não criar muitas expectativas em relação a alguém para não sairmos magoados.
Há situações em que a vida separa, mas a maioria são as pessoas que se esquecem! Como se diz, só faz falta quem está!

Bjokas*
Anónimo disse…
Can we get together?
I really, i really wanna be with you!!.....
If it's bitter at the start,
then it's sweeter in the end!

cumps
Sofia Costa Lima disse…
"Toda a ajuda - importante ou não - de algumas pessoas não passa de efémera, aliás, a passagem das pessoas pelas nossas vidas é demasiado efémera." - e pronto, era só isto.

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