Alguém
Não sou grande adepto de Filosofia, contudo aconteceu algo curioso na primeira aula deste ano. O stôr perguntou-nos a razão de estarmos naquele curso e houve uma rapariga que disse que estava ali para ter uma boa carreira profissional e assim, conseguir ser alguém na vida.
Ele discordou em relação ao "ser alguém na vida". Porque, segundo ela, só será alguém quando se realizar profissionalmente e ele discorda dizendo que nós somos alguém antes disso, aliás, desde que nascemos e não estamos sem identidade até nos realizarmos profissionalmente senão... o país sofria de grande falta de identidade tendo em conta os números do desemprego.
Mas somos mesmo alguém? Penso muito nisto... no que sou, no fui e no que vou ser. Nem sei qual é o pior... ter vergonha do que fui e saber que no futuro vou ter vergonha do que sou agora. Com muitos defeitos, personalidade baseada em complexos e outras coisas que se calhar daqui a uns anos serão todos ridicularizados e terei o discurso de adulto "ai se voltasse à adolescência faria tudo diferente" e faria. Podia fazer tudo diferente. Se soubesse como.
Eu achava que tinha mais maturidade que os outros, tipo quando tinha 14 anos. Achava que era mais maturo que o resto do pessoal da minha idade. Talvez até fosse. Mas agora não sou. Longe disso... Não tenho vergonha de admitir que preciso mesmo de crescer.
Voltando ao tema, somos mesmo alguém? Quem vamos ser? Quais vão ser as pessoas que vão estar comigo? Como é que eu vou ser?
Tenho mesmo medo que seja uma merda de pessoa e que acabe sozinho... ninguém me garante que isso não vá acontecer.
Porque ser má pessoa pode ser uma escolha... mas ser assim por natureza não é uma escolha. E eu às vezes surpreendo-me comigo próprio... pela negativa.
Ele discordou em relação ao "ser alguém na vida". Porque, segundo ela, só será alguém quando se realizar profissionalmente e ele discorda dizendo que nós somos alguém antes disso, aliás, desde que nascemos e não estamos sem identidade até nos realizarmos profissionalmente senão... o país sofria de grande falta de identidade tendo em conta os números do desemprego.
Mas somos mesmo alguém? Penso muito nisto... no que sou, no fui e no que vou ser. Nem sei qual é o pior... ter vergonha do que fui e saber que no futuro vou ter vergonha do que sou agora. Com muitos defeitos, personalidade baseada em complexos e outras coisas que se calhar daqui a uns anos serão todos ridicularizados e terei o discurso de adulto "ai se voltasse à adolescência faria tudo diferente" e faria. Podia fazer tudo diferente. Se soubesse como.
Eu achava que tinha mais maturidade que os outros, tipo quando tinha 14 anos. Achava que era mais maturo que o resto do pessoal da minha idade. Talvez até fosse. Mas agora não sou. Longe disso... Não tenho vergonha de admitir que preciso mesmo de crescer.
Voltando ao tema, somos mesmo alguém? Quem vamos ser? Quais vão ser as pessoas que vão estar comigo? Como é que eu vou ser?
Tenho mesmo medo que seja uma merda de pessoa e que acabe sozinho... ninguém me garante que isso não vá acontecer.
Porque ser má pessoa pode ser uma escolha... mas ser assim por natureza não é uma escolha. E eu às vezes surpreendo-me comigo próprio... pela negativa.
Comentários
É precisamente esse teu despertar de consciência, essa introspecção, que servirá de alarme e te corrigirá, mitigando o risco de te tornares numa má pessoa.
Quando nos questionamos, sobre o que somos, o que aqui fazemos...quando "filosofamos", podemos não encontrar respostas, mas, certamente, surgem em nós uma série de questões que nos tornam mais conscientes de nós próprios e daquilo que nos rodeia.
Já te disse em tempos, que és grande e, cada vez, tenho menos dúvidas disso.
És no universo da tua faixa etária, uma raridade, não, necessariamente negativa.
Sobrevive, dando o melhor de ti próprio ao teu Ser e aos outros e, nada mais do que isso te será exigido.
Abraço.
A filosofia, não é uma disciplina à parte à qual nos ligamos ou desligamos consoante o horário escolar. A Filosofia exerce-se e tu deste um excelente exemplo disso neste texto.
Eu tive a sorte de ter tido um dos do 2º tipo e te garanto, hoje sou um homem de ciência, mas foi esse professor de Filosofia que mudou toda a minha vida e a maneira como eu passei a ver o mundo... E gosto disto assim como está, desta minha visão "das coisas"...muito!