De mim não me livro


Hoje em Filosofia o meu stor falava do quão ele tinha sido ridículo na adolescência. Por dar importância ao que as pessoas diziam e por fazer o que os outros faziam só para se sentir melhor. Disse: "nós somos os heróis". Diz que é sempre um enorme drama porque os adolescentes não se aguentam sozinhos, têm sempre a ânsia de pertencer a um grupo de amigos e de se sentirem integrados.
Para quê dar importância a pessoas que estão nas nossas vidas só por uns tempos? Há sempre aquela pessoa que menos gostas no secundário... who cares? Ela vai desaparecer da tua vida quando deixares de estar obrigado a estar com ela todos os dias.
Aliás, 97% das pessoas do secundário deixam de pertencer à nossa vida quando nos assumimos responsáveis e adultos e seguimos um novo rumo: a universidade.
Para quê tanto drama, aliás, para quê ligar ao que as pessoas dizem? Um elogio não vai definir a tua personalidade e uma crítica não vai definir o teu mérito como pessoa.
O teu número de amigos vai estar no curriculum vitae? "Amigos" que olharão para o chão quando daqui a uns anos passares por eles na rua?
Claro que me sinto sozinho todos os dias. Mas tenho amigos.
No entanto, sei que a única pessoa que vai estar comigo até ao fim dos meus dias sou eu próprio e de mim não me livro. Vou ter que me desenrascar sozinho.

Comentários

São disse…
Eu nunca gostei de Filosofia e acho que devo estar certa... Se a Filosofia valesse de alguma coisa, a Grécia estava podre de rica.

Tudo bem que é connosco que nos devemos preocupar mais, mas lá porque as pessoas vão sair da nossa vida em poucos anos, vamos estar-nos a borrifar para elas? Claro que não podemos ir só pela conversa dos outros e sofrer demais com as opiniões alheias, mas isso não é porque as pessoas irão sair depressa da nossa vida... Então, por essa ordem de ideias também não devemos dar importância às coisas boas, porque ao fim de algum tempo as pessoas vão sair da nossa vida?

Eu acho isso tudo muito conversa de pessoas superficiais e que parece que já se esqueceram da sua adolescência... Achar que o que fizemos na adolescência foi ridículo, acaba por ser negarmo-nos a nós mesmos...

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