A dois

Eu só queria ter alguém que pudesse estar ao me lado e ouvir o silêncio dela. Deitar a minha cabeça no colo e olhar nos olhos sem que seja preciso falar. Um simples toque. Uma troca de beijos. Apenas ambos. Juntos.

Ter alguém com que sair. Sair, mas passar um dia (ou mais) fora daqui. Nem que fosse já aqui ao lado. Um jantar a dois. Uma ida ao cinema. Um passeio… Tanta coisa para fazer acontecer numa ‘cena’ a dois.

Mesmo num grupo de pessoas e tê-la ao lado, quando os restantes também têm alguém. Era o não estar a olhar para os outros e pensar o quanto também gostava de estar naquela situação. Pode-se chamar inveja, mas não é da má. É da boa!

Acordar de manhã e valer a pena, com um enorme sorriso, saber que tenho alguém. Ou até mesmo acordar com essa pessoa ao lado. Ver a tarde passar como se tivesse passado um minuto. Uma noite a ver as estrelas, uma saída…

Quero sentir um abraço, como que pudesse ser o último de todos. Uma troca de olhares que falassem. Beijos que afogassem a carícia. E tal como o abraço, que pudesse ser o último, e não pudesse sentir mais nenhum.

É assim tão simples isto acontecer e poder fazer, vezes sem conta, programas a dois? Sejam eles simples, complexos, surpresa… Que acontecessem! Desde que houvesse esse sentimento mútuo!

Já diz o ditado que “azar ao jogo, sorte ao amor…” ou então, como já adaptámos, “azar ao amor, sorte ao jogo”. Ora eu nem sorte ao amor, nem sorte ao jogo. Ditado, diz-me onde andas tu…

E há tanto para dizer… Mas para quê? Romantismo a mais, para concretização a menos. O melhor era mesmo tê-lo, fazê-lo… Programa a dois…

Encontrei isto num blog e tinha de o colocar aqui, porque subscrevo totalmente. Sem dúvida que é assim que me sinto. Podia ser um post meu.

Retirado daqui.