Mais do mesmo

Mais do mesmo. Três palavras que definem as pessoas de hoje em dia em nosso redor. Pessoas básicas e com a previsibilidade como característica principal da sua personalidade.
O problema desta sociedade é todos terem-se tornado demasiado óbvios pois não há nenhum mistério na essência que fascine o próximo. As pessoas pensam tanto em si próprias e no quão querem surpreender os outros que se esquecem de tudo o resto. E, fugindo um pouco do assunto, a capacidade das pessoas para entender os outros não vai além dos rótulos que lhes atribuem. São cada vez mais raras as pessoas que tentam perceber os outros para além delas próprias. É sempre mais fácil lidar com os outros quando já estão rotulados, mas enfim.
As pessoas preferem sempre optar pelo caminho mais fácil que é querer ser como os outros.
Eu tenho pessoas que me são influentes e isso não significa que queira imitá-las à força e a única coisa que vejo em todo o lado é pessoal a querer ser como os outros: ouvirem a mesma música só porque o outro ouve, comprarem a mesma roupa só porque o outro a tem, entrar naquele desporto só porque o outro lá está, frequentar os mesmos locais, etc.
A personalidade das pessoas é tão básica: odeiam pessoas mentirosas e falsas mas é isso que também são, criticam os outros por julgarem pela aparência mas é isso que fazem, criticam as pessoas pelos erros mas farão uns tempos mais tarde o mesmo e acham, incrivelmente, que as pessoas só podem ser felizes aos pares.
Na adolescência e também na vida adulta as pessoas acham que só podem ser felizes se andarmos aos pares quando isso é redondamente mentira. Aos pares, quer dizer, a traição é tão fácil de ser feita como de ser perdoada e aí está explicada a banalidade da personalidade do ser humano. Já nem aos pares as pessoas se contentam.
Inexplicavelmente estas pessoas banais acham-se as melhores porque, dando um exemplo, acham que ser sincero e frontal é um ponto extraordinário de uma pessoa.
Mas frontalidade em maioria dos casos destes adolescentes com a cabeça perdida é sinónimo de falar sem pensar, ou seja: burrice.
Para nem falar dos engates foleiros e banais de rapazes às raparigas mostrando apenas o seu corpo quando na sua cabeça o cérebro deles faz concorrência com o deserto do Sahara.
Eu sei que não sou um exemplo de vida e este texto não é dar um sermão quando na verdade quero transparecer que sou um ser perfeito - que não sou -, sei que tenho muitos defeitos e se há coisa que ainda não aprendi é saber lidar com eles.
Sei também que fiz muita merda nos poucos anos de vida que tenho e é por isso que as pessoas mudam, ou pelo menos, tentam procurar as pessoas certas para que valha a pena ter a vontade de querer mudar. 

Comentários

São disse…
Subscrevo tudo! E assino por baixo!
Anónimo disse…
Há umas quantas coisas que não ficam totalmente esclarecidas, podendo criar "mal entendidos", sobre a forma de como as abordas...
Na minha opinião, tens algumas ideias mal formadas, ou então, nada mais nada menos do que um desses "mal entendidos". Num cômputo geral a escrita está acessível e promíscuo... (marca parágrafos)
Alex Fernandes disse…
Obrigado São.

Anónimo: Tens razão no que disseste, obrigado, foi tudo escrito à pressa, foram só umas ideias soltas.
Filipe Liberato disse…
Completamente de acordo
São disse…
Sr. Anónimo, para um texto deste tipo, acho que até está bem escrito.
Isa disse…
concordo, não acrescentava mais nada :)
Márcia ♥ disse…
concordo plenamente com tudo! E quando a você sr. anónimo, acho que era escusado esse comentário. Até pode ser construtivo mas isto é um blog onde se expressa aquilo que sentimos e não um concurso onde temos de por à prova a nossa qualidade de escrita.

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