Há pessoas que não sabemos como lidar
Sou simpático para quem é simpático para mim e todos os meus amigos e familiares sabem disso. Se uma pessoa é antipática eu contribuo essa antipatia. Quando gosto realmente de uma pessoa ela apercebe-se disso. Os que têm a minha amizade têm tudo de mim. Respeito quem me respeita, sou bem-disposto para quem o permite, sou um bom ouvinte se quiserem falar comigo. Perdoem-me a falta de modéstia, mas considero-me um bom amigo.
Mas depois há aquelas pessoas que não gostamos.
Há duas pessoas da minha turma (um rapaz e uma rapariga) que eu não gosto. Não vou dizer que os odeio porque assim seria muito maldoso. Não gosto, pronto.
Tudo começou quando a tal rapariga disse que eu tinha mentido aos meus amigos aqui da minha aldeia que não tinha chumbado. Ela disse que os conhecia... A tal disse a uma rapariga da minha turma e com isto ela queria saber se era verdade o que a outra tinha dito e ligou-me. Mas não era verdade. Nunca menti a ninguém o facto de ter chumbado. Os meus pais foram os primeiros a saber e quando as pessoas me perguntaram se tinha passado o ano, após saberem a resposta, lamentaram, abriram-me os olhos e pediram para que em Setembro começasse a estudar bastante pois tinha o benefício de repetir e assim ter melhores notas. A partir daí deixei de conversar com a miúda. Deixei andar... não a conhecia de lado nenhum e não pretendia conhece-la. Não me pareceu uma pessoa que fosse minha amiga. E percebi que ela não gostava de mim quando a turma se encontrou toda nas férias do Natal e ela disse a alguém que "pode vir toda a gente da turma (ter connosco) menos o Alexandre". Nunca discutimos, nunca falei dela a ninguém, nunca tivemos uma conversa que durasse mais de um minuto... Das duas uma. Ou ela não vai com a minha cara ou então não gosta de mim porque vê que não lhe dou confiança. Não gosto do estilo nem da personalidade dela.
O rapaz que não gosta de mim já foi meu melhor amigo. Do 5º ano ao 8º ano foi da minha turma. Ele chumbou no 8 º ano - até aí sempre nos demos bem - e a partir daí a nossa amizade foi-se acabando... Cada um com os seus amigos, cada um na sua turma e nunca mais falámos.
Acabei por ficar na turma dele. E ela detesta-me mesmo. Dos encontrões em modo provocação que ele já fez. Até num dia aconteceu estarmos na aula de Educação Tecnológica e estarmos todos à vontade, pois o professor estava na sala das máquinas e ele dizer para a tal rapariga "Vamos falar para ali, é que está aqui esta tristeza" Fingi que não ouvi.
Também houve uma situação na aula de Educação Física em que ele me fintava no futebol num claro estado de gozo e eu desisti de lhe tirar a bola. No balneário "és mesmo menino" "és mesmo menino" e eu respondi: Prejudiquei a nota de alguém? Se tiver que ter negativa no futebol sou eu que a tenho, só me prejudico a mim e ele "Se tivesses negativa só a isso..." Fail. Respondi "também chumbaste..." Coisas do género. Sei que ele manda muitas bocas mas não passa daí. Não estou com muita atenção ao que ele diz mas sei que ele quando tem oportunidade de me atacar, fá-lo sempre. Sem pudores. Nunca conversei com ele - não o faço há dois anos -, nunca houve discussões... Agora... se alguém lhes perguntasse se gostam de mim eles diriam que não. Mas se lhe perguntassem por que não gostam de mim tenho a certeza que não haveria resposta. Qual será a razão? Por a turma ser unida e todos gostarem deles e eu cheguei e não me ter integrado? Em Educação Tecnológica, na sexta-feira fiquei todo danado quando fizeram grupos. Fiquei com ele no grupo e com uma rapariga com quem não falo. Fiquei claramente "amuado" porque não me sinto bem perto dele. Não nos vamos dar bem, é certo. "Concordam com os grupos?" perguntou o prof. "Não" respondi eu. Ele não ligou pois fui o único a reclamar.
E é assim. Agora vou ter que fazer o trabalho de grupo com ele e eu que detesto trabalhos de grupos ainda por cima com pessoas que não me respeitam. Vamos lá ver como corre. Mas que vou ficar com uma cara de tédio vou.
E sim, eu sei que ao longo da vida vou ter que lidar com pessoas de quem não gosto. Mas acho que podemos ter uma boa relação com todas, seja de amizade ou apenas de colegas de trabalho. Será que isto acontece com os adolescentes por alguns já terem mais maturidade que outros? Será que os adultos também são assim? Fica a questão.
Mas depois há aquelas pessoas que não gostamos.
Há duas pessoas da minha turma (um rapaz e uma rapariga) que eu não gosto. Não vou dizer que os odeio porque assim seria muito maldoso. Não gosto, pronto.
Tudo começou quando a tal rapariga disse que eu tinha mentido aos meus amigos aqui da minha aldeia que não tinha chumbado. Ela disse que os conhecia... A tal disse a uma rapariga da minha turma e com isto ela queria saber se era verdade o que a outra tinha dito e ligou-me. Mas não era verdade. Nunca menti a ninguém o facto de ter chumbado. Os meus pais foram os primeiros a saber e quando as pessoas me perguntaram se tinha passado o ano, após saberem a resposta, lamentaram, abriram-me os olhos e pediram para que em Setembro começasse a estudar bastante pois tinha o benefício de repetir e assim ter melhores notas. A partir daí deixei de conversar com a miúda. Deixei andar... não a conhecia de lado nenhum e não pretendia conhece-la. Não me pareceu uma pessoa que fosse minha amiga. E percebi que ela não gostava de mim quando a turma se encontrou toda nas férias do Natal e ela disse a alguém que "pode vir toda a gente da turma (ter connosco) menos o Alexandre". Nunca discutimos, nunca falei dela a ninguém, nunca tivemos uma conversa que durasse mais de um minuto... Das duas uma. Ou ela não vai com a minha cara ou então não gosta de mim porque vê que não lhe dou confiança. Não gosto do estilo nem da personalidade dela.
O rapaz que não gosta de mim já foi meu melhor amigo. Do 5º ano ao 8º ano foi da minha turma. Ele chumbou no 8 º ano - até aí sempre nos demos bem - e a partir daí a nossa amizade foi-se acabando... Cada um com os seus amigos, cada um na sua turma e nunca mais falámos.
Acabei por ficar na turma dele. E ela detesta-me mesmo. Dos encontrões em modo provocação que ele já fez. Até num dia aconteceu estarmos na aula de Educação Tecnológica e estarmos todos à vontade, pois o professor estava na sala das máquinas e ele dizer para a tal rapariga "Vamos falar para ali, é que está aqui esta tristeza" Fingi que não ouvi.
Também houve uma situação na aula de Educação Física em que ele me fintava no futebol num claro estado de gozo e eu desisti de lhe tirar a bola. No balneário "és mesmo menino" "és mesmo menino" e eu respondi: Prejudiquei a nota de alguém? Se tiver que ter negativa no futebol sou eu que a tenho, só me prejudico a mim e ele "Se tivesses negativa só a isso..." Fail. Respondi "também chumbaste..." Coisas do género. Sei que ele manda muitas bocas mas não passa daí. Não estou com muita atenção ao que ele diz mas sei que ele quando tem oportunidade de me atacar, fá-lo sempre. Sem pudores. Nunca conversei com ele - não o faço há dois anos -, nunca houve discussões... Agora... se alguém lhes perguntasse se gostam de mim eles diriam que não. Mas se lhe perguntassem por que não gostam de mim tenho a certeza que não haveria resposta. Qual será a razão? Por a turma ser unida e todos gostarem deles e eu cheguei e não me ter integrado? Em Educação Tecnológica, na sexta-feira fiquei todo danado quando fizeram grupos. Fiquei com ele no grupo e com uma rapariga com quem não falo. Fiquei claramente "amuado" porque não me sinto bem perto dele. Não nos vamos dar bem, é certo. "Concordam com os grupos?" perguntou o prof. "Não" respondi eu. Ele não ligou pois fui o único a reclamar.
E é assim. Agora vou ter que fazer o trabalho de grupo com ele e eu que detesto trabalhos de grupos ainda por cima com pessoas que não me respeitam. Vamos lá ver como corre. Mas que vou ficar com uma cara de tédio vou.
E sim, eu sei que ao longo da vida vou ter que lidar com pessoas de quem não gosto. Mas acho que podemos ter uma boa relação com todas, seja de amizade ou apenas de colegas de trabalho. Será que isto acontece com os adolescentes por alguns já terem mais maturidade que outros? Será que os adultos também são assim? Fica a questão.
Comentários
Sempre fui mais madura que o resto dos meus colegas, então atitudes infantis põem-me fora de mim. Mas temos de sobreviver :)
Sabes que há pessoas que às vezes são mesmo estúpidas e se sente felizes a falar mal dos outros, sem motivo, sem conhecerem as pessoas de lado nenhum e nem sequer se dão ao trabalho de o fazer...por isso o melhor a fazeres é c***r nisso e ignorares mesmo. As pessoas têm a importância que lhes damos, e se deres importância a pessoas que não prestam elas vão passar a ser importantes.
Qualquer coisa, já sabes: I'm here :)
Aliás, eu, que não tenho por hábito fazer as partilhas que tanto estão na moda no Facebook de copiar imagens com frases feitas, prefiro que sejam as minhas próprias palavras, aqui há semanas copiei uma por achar que me dizia mesmo muito: "NÃO CONFUNDA A MINHA PERSONALIDADE COM AS MINHAS ATITUDES. A MINHA PERSONALIDADE DEPENDE QUEM EU SOU. AS MINHAS ATITUDES DEPENDEM DE QUEM VOCÊ É!
Ora, nem mais. E sim, infelizmente, as situações de que falas não desaparecem com a idade. Na vida adulta é a mesma coisa. Olha, há 10 anos atrás, quando fui trabalhar como operadora de Frescos (talho, charcutaria, padaria, frutaria e peixaria) do Hipermercado Modelo (Hoje já é tudo Continente, acho eu) fui bem recebida por toda a gente. Tudo corria bem. Dava-me bem com todos os colegas. Um dia, no refeitório, calhou em conversa dizer que só me faltava uma única cadeira para terminar a Licenciatura. Calhou, já não me recordo do que se estava a falar, até acho que era sobre os transportes para a Universidade, que eram poucos, queixava-se um colega da Worten, estudante, que fazia part-time aos fins de semana e eu disse: "No meu tempo ainda havia menos. Eu cheguei a ir a pé tantas vezes no primeiro e no segundo ano. No terceiro é que já criaram a linha universitária e já havia autocarros de meia em meia hora... Mesmo assim, pelo que tu dizes, não andam certos"...
Vi logo duas colegas do meu departamento trocarem olhares esquisitos. Dias depois, uma colega da padaria (eu era do talho-embalagens-, mas o Departamento era só um e ajudavamo-nos mutuamente, ou assim deveria ser) chamou-me e disse: "Ai o que tu foste dizer, mulher! Que andaste na universidade e que só te falta uma cadeira! Prepara-te para as cobras que aí andam. Eu tenho o 12º ano e também sofri na pele, mas agora já pus uma barreira e já aprendei a me impor,por isso agora já me respeitam, mas foi difícil!"
Eu logo não percebi. Depois fui percebendo. A maioria daquelas colegas tinha a antiga 4ªa Classe ou, no máximo, o 9º ano. Cada pessoa que ia para lá com mais alguns estudos tentavam prejudicá-la o mais possível. E porquê? Porque tinham medo de ser passadas para trás, por exemplo, se houvesse uma promoção!
Essa colega da padaria é hoje a minha melhor amiga, apesar de ter ido viver para Alcobaça, porque casou com um rapaz de lá (hoje é viúva há um ano! não merecia! A vida é injusta com as pessoas que merecem o melhor dela).Falamos muito ao telefone. Muitas vezes falamos disso. Ninguém ia para lá para se "armar"... Ninguém ia para lá (pelo menos eu não) para passar à frente fosse de quem fosse! A pessoa ia para lá para trabalhar! Ainda por cima, a minha Licenciatura era de Línguas e Literaturas... Em que é que eu consistia uma ameaça para elas? Ainda se fosse de Gestão ou de Engenharia Alimentar ou alguma coisa que estivesse ligada ao Comércio. Mas não! Fui para lá para trabalhar! Mas elas meteram na cabeça (comigo e com qualquer um com mais estudo que vá para lá) que quem tem estudos e vai para lá é para passar a perna a quem lá está e então, a partir daí é fazer tudo por tudo para infernizar a vida da pessoa. Acreditas nisto? Pois é verdade e não fui a única vítima. É triste as pessoas serem assim.
Ainda não me considero exactamente adulta (apesar de aos olhos da lei já o ser), mas posso garantir-te que, efectivamente, há pessoas que têm atitudes que outras, como nós, nunca chegarão a perceber. Toda a vontade de dizer mal, espalhar rumores, prejudicar em troco de nada... Enfim. Não percebo, e pelo que li, tu também não.
Estamos, no entanto, condenados a ter que lidar com esse tipo de pessoas, Alexandre... Vinha só dizer-te que não estás sozinho na 'luta'! :)